O Promontório de Sagres, em Vila do Bispo, no Algarve, já integra a lista oficial da Marca do Património Europeu (European Heritage Label), uma distinção reservada apenas aos «sítios que celebram e simbolizam os ideais, os valores, a história e a integração europeus». O Promontório é um dos nove sítios históricos em Portugal, Croácia, República Checa, Áustria, Estónia, Hungria, Bélgica, Polónia e França agora reconhecidos com o selo cultural europeu e que se juntam, assim, aos outros vinte que receberam a Marca nos últimos dois anos.
«Estamos encantados com a notícia e acreditamos que a atribuição da Marca do Património Europeu a um dos sítios mais místicos e o mais visitado de todo o Algarve é uma mais-valia para a promoção turística do destino», assegura Desidério Silva. O presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA) salienta ainda «o mérito do trabalho desenvolvido pela Direção Regional de Cultura do Algarve na candidatura deste bem, a qual cumpriu todos os requisitos exigidos pela Marca e contou com o suporte incondicional da entidade regional de turismo».
Ainda segundo a Comissão Europeia (CE), este foi o primeiro ano em que a participação foi aberta a todos os Estados-Membros da União Europeia que manifestaram o seu interesse em propor a um painel de especialistas sítios cuja importância contribuiu significativamente para a história e a cultura europeias, num total de 18 candidaturas em 2015. Sobre a Ponta de Sagres – único projeto português a ser acolhido este ano –, a CE ressalta «a sua localização estratégica e a sua importância ao longo dos séculos», bem como a ligação do local ao «período das Descobertas, que marcou a expansão da cultura, das ciências, da exploração e do comércio europeus, abrindo o caminho para a afirmação e projeção da civilização europeia, que veio a modular o mundo moderno».
Simultaneamente ao reconhecimento europeu, a RTA aguarda pelo desfecho da candidatura desenvolvida pelo Algarve à lista indicativa de bens portugueses candidatos a Património Mundial da UNESCO dos «Lugares da primeira globalização», e que também inclui Sagres.