Desde criança que tinha como objetivo viajar até Los Angeles e Hollywood, tal como todas as mentes jovens que cresceram a ver os seus ídolos nos ecrãs, um pouco à imagem do “sonho americano”. Ver e tentar chegar à fala com eles é o sonho platónico de muitas crianças ainda hoje-em-dia. E eu, nos anos 80 e 90, não fugi à regra. Apesar de esses sonhos hiperbolizados já terem passado há muito, lá persegui viagem rumo aos meus sonhos de menina. Uma viagem magnífica para quem quer conhecer a essência do Estado norte-americano da Califórnia, que todos os dias nos chega a casa pelas mãos dos mais conceituados realizadores de Hollywood, quer seja em longas-metragens ou através de séries, embora, ao mesmo tempo, elucidadora do que “nem tudo o que reluz é ouro”.
Foi isso que percebi logo à chega a Hollywood. Outrora a casa das grandes vedetas, Hollywood é agora o que resta desses tempos. Os atores saíram para a montanha e em Hollywood apenas ficou a recordação do que era andar pelas ruas e vê-los a cada esquina. Atualmente, durante o dia, naquela que é a sua avenida principal, a Hollywood Boulevard, e onde fica situado o Dolby Theatre, mais conhecido por Kodak Theatre, que anualmente recebe a cerimónia dos Óscares, por entre as impressões e pegadas dos mais famosos artistas mundiais, é ver como lojas de indianos e chineses se propagam. Mesmo assim ainda há muito para ver de proveitoso em volta do Dolby Theatre, quanto mais não seja apreciar a vista e ver o mais famoso letreiro do planeta, hasteado no cume da montanha mais alta e onde se pode ler Hollywood.
Bem-vindo a Hollywood
Vaguear por aquelas ruas é sempre interessante. Para além de se aperceber que o tão conceituado ator Al Pacino não tem uma estrela no passeio da fama, pode sempre tirar uma foto com um dos seus super-heróis preferidos. Sim é verdade! São dezenas de aspirantes a atores que se vestem dos heróis da moda para assim tirarem uma fotografia com quem por lá passa. É claro, em troco de uma nota, se possível, de cinco dólares, no mínimo. Não deixe ainda de passar no Madame Tussaud e ver as figuras em cera de algumas das mais míticas figuras hollywoodescas.
O Grauman’s Chinese Theatre, onde foram realizadas três cerimónias dos Óscares, fica bem ao lado. Aí são feitas várias estreias e o mais cobiçado é mesmo as impressões de mãos, pés e assinatura de diversas estrelas que por aí passaram a deixar a sua marca no passeio. É aí que todos tiram a clássica foto com a mão nas marcas de mãos de seus ídolos. É engraçado, eu mesmo fiz com a de Michael Jackson.
E é isto! A cidade de Hollywood durante o dia resume-se a isso, e de noite, além de ser um pouco perigosa, apenas tem bares e discotecas para oferecer a quem aprecia a vida noturna. Mas prepare-se para grandes filas à porta e só entrar caso o porteiro engrace com a sua cara e aspeto.
Uma coisa que achei incrível é que, tanto aqui como em Los Angeles, não é fácil de estacionar. Alugar uma viatura é quase que obrigatório, porque tudo é longe, mas depois é necessário ir preparado com um avultado montante para parques de estacionamento, caso contrário a multa é certa (tal como aconteceu comigo). Os sinais de trânsito a limitar o estacionamento são tantos que para quem não está habituado, como eu, torna-se difícil de perceber se podemos ou não estacionar. Para que não corra riscos, prefira os parques de estacionamento e parqueamentos.
Se a sua visita acontecer no final de Fevereiro, não se esqueça que estarão em curso os preparativos para a grande noite da entrega dos Óscares e os acessos à Hollywood Boulevard irão estar condicionados, quer ao trânsito, quer aos peões.
Uma visita à montanha onde fica situado o letreiro é obrigatória, quanto mais não seja para ficar com uma foto sua de recordação perto do mesmo. Simule que o está a segurar, fica magnífico!
Textos: Sílvia Guimarães
Fotos: Miguel Moura e Fotolia
Leia o artigo completo na Edição de Fevereiro (nº 346) da revista VIAJAR – Disponível online