Já está disponível uma linha de apoio à tesouraria destinada aos empresários de turismo dos concelhos afetados pelos incêndios do passado mês de junho. Com uma dotação inicial de €1,5M, este apoio visa responder às necessidades mais prementes dos empresários da região, alguns deles com dificuldade em cumprir com responsabilidades financeiras assumidas, face à quebra das reservas.
«Depois de um trabalho de levantamento das necessidades na região, feito em articulação com Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto (ADXTUR), o Turismo de Portugal e o Turismo do Centro, sinalizámos um conjunto de necessidades imediatas que serão respondidas com este apoio», sublinha a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, para quem «esta é uma forma de permitir que as empresas podem continuar a operar.»
A verba, assumida na totalidade pelo Turismo de Portugal, tem uma maturidade de 5 anos e contempla um período de 18 meses de carência.
Está igualmente disponível uma linha telefónica (808 209 209) para que os empresários possam receber a informação necessária e esclarecer dúvidas. Em simultâneo estão a ser organizadas sessões de esclarecimento com uma equipa do Turismo de Portugal em vários dos municípios afetados.
Paralelamente, foi alocada uma verba de €2M da Linha de Valorização Turística do Interior para implementar iniciativas de carater excecional que concorram, por um lado, para minimizar o impacto dos danos causados pelos incêndios, e, por outro lado, para criar melhores condições para a recuperação, regeneração e revitalização económica daqueles territórios do interior, através da valorização turística dos seus recursos e ativos e do desenvolvimento de projetos que possam contribuir já para a futura proteção das aldeias.
Foi feita ainda uma afetação de €5M na Linha da Qualificação da Oferta para os investimentos a realizar pelas empresas desta região. Este é um instrumento financeiro criado em 2016 e reforçado em 2107, numa parceria entre o Turismo de Portugal e o mercado financeiro, e que se destina a apoiar o investimento das empresas turísticas. Neste caso específico, além da alocação da verba aumentou-se a cobertura assegurada pelo Turismo de Portugal que passa a financiar 75% do financiamento sem juros.
«No conjunto estamos a falar de 3 instrumentos financeiros na ordem dos €8,5M que vão permitir que as empresas, por um lado não deixem de operar mas, por outro, que possam apresentar projetos que promovam ativamente a região, desenvolvendo oferta turística adequada e inclusive mecanismos de proteção das próprias aldeias nas quais a principal atividade é o turismo», salienta Ana Mendes Godinho.