Pedro Costa Ferreira, que assume a presidência da APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, desde 2012, anunciou, em comunicado enviado à imprensa, que irá recandidatar-se ao triénio 2021/2023.
Segundo o dirigente associativo, apesar de ter vontade de “regressar a outras vidas”, admite que “os tempos que se aproximam são de decrescimento, de menor dinâmica, maiores dificuldades, e de muita dor” e, por isso, “um tempo em que quem tem responsabilidades as deve assumir, em lugar de fugir; onde quem tem noção de que pode ser útil, deve apresentar-se ao setor, constituindo-se uma alternativa”.
No mesmo comunicado, o responsável resume e enaltece as principais ações que a APAVT ter vindo a desenvolver nos últimos oito anos, entre as quais recuperação financeira da associação, a independência política do setor, o voltar às campanhas publicitárias, o manter do provedor da APAVT e o desenvolvimento de um fundo de garantia.
Já em tempo da Covid-19, Pedro Costa Ferreira enumerou algumas ações que tiveram a APAVT como protagonista, com principal destaque para a integração da associação no “movimento negociador da CTP, de onde saíram, entre outros, o Lay-off simplificado, bem como várias linhas de financiamento e moratórias fiscais e de crédito”.
Por outro lado, juntamente com o Governo, conseguiram chegar à “alteração do enquadramento jurídico dos reembolsos, impedindo a insolvência imediata de centenas de agências de viagens”, assim como contribuíram para um modelo de reembolso dos operadores para as agências de viagens que, não tendo recolhido aceitação unânime, é a base de sustentação da capacidade de reembolso dos operadores e, por causa disso, factor fundamental de sobrevivência das agências de viagens”.
O especialista relembrou ainda que estiveram por dentro “um princípio de acordo com a TAP”, tal como houve uma ligação direta da APAVT ao microcrédito do Turismo de Portugal.
Pedro Costa Ferreira assegura que o que mais apreciou nesta sua passagem pela associação que representa os agentes de viagens foi a construção de “um padrão de actuação, que valorizou o diálogo discreto e a colaboração ativa, enquanto forma de trabalho, em lugar da demagogia estéril que só enche o palco; o abraçar de “todo o universo turístico em que nos inserimos, alargando a área da nossa intervenção, em lugar de contribuir para o País das quintinhas que tanto nos prejudica”; não menos importante, foi o elevar da imagem do agente de viagens, caindo na tentação do «bater de panelas», tão ruidoso como ineficaz”.