A Airmet, grupo de gestão de agências de viagem, anunciou a alteração no seu modelo de contratação, em conferência de imprensa, à margem da 18ª Convenção da Airmet, que decorreu, entre 28 de abril e 1 de maio, no NAU Salgados Palace, no Algarve.
Luís Henriques, diretor-geral do grupo, afirmou, no encontro com a imprensa, que o grupo acha ser um grupo de gestão totalmente diferente dos restantes. “A pandemia fez-nos pensar que a remuneração de rappel utilizada até então não era benéfica nem para os parceiros, nem para nós. Acreditamos que as fórmulas que temos não podem ser exatamente as mesmas que foram usadas durante anos e que o resto do mercado usa”, referiu o responsável.
A partir de agora, “as agências poderão não pagar avença caso tenham um correto direcionamento de vendas”, fazendo com que a Airmet passe a ser “o único grupo de gestão em que a avença poderá ser devolvida mediante o comportamento comercial de cada uma das lojas”. Por outro lado, “tudo o que são rappels de fornecedores são por agência e não por grupo, isto é, dependerá de cada gestor, de cada agência, o aumento da rentabilidade do seu negócio”, explicou Luís Henriques, adiantando ainda que “as agências conseguem um aumento de rentabilidade extraordinariamente elevado face àquilo que é habitual no mercado”.
Com este novo modelo de contratação, a Airmet passa a contar com três níveis de parceiros. Os Premium (o grupo W2M, através dos operadores Newblue e Icarión; Flexible Autos; Viajar Tours; e Lusanova), os Preferenciais e os restantes que não estão abrangidos pelos dois primeiros. Quanto a estes níveis, Luís Henriques esclarece que decidiram dividir os parceiros operadores “não pela qualidade que eles têm, não pelo nível de serviço, mas pelo que eles podem transportar em termos de rentabilidade às próprias agências”.
Questionado sobre como as agências viram esta mudança no modelo de contratação, o diretor geral foi perentório em afirmar que conseguiram “mostrar às agências que conseguem um aumento de rentabilidade extraordinariamente elevado para aquilo que é o habitual no mercado”, transversal a todas as agências. “Nós existimos porque as agências existem, o nosso foco tem de ser a rentabilidade das agências. Se elas não o forem, nós também não seremos”, disse.
“Fizemos simulações com agências que vendem 250 mil euros e 2,5 milhões de euros por ano e, percentualmente, a margem adicional era exatamente a mesma, o que significa que temos uma proposta de valor que é transversal ao mercado. Neste momento, se uma agência nos fornecer os dados de vendas de 2019, conseguimos projetar quanto vai ser a rentabilidade dessa loja no final do ano, mais nenhum grupo de gestão consegue fazer isso”, esclareceu ainda.
Tecnologia de ponta
A mudança tecnológica, com o recurso ao que mais evoluído há no mercado, é outra das grandes apostas da Airmet. “Sempre fomos conectados como o grupo de gestão mais inovador, mais jovem e mais dinâmico no mercado. O objetivo é continuar nessa senda”, adiantou o profissional, deixando claro que a aposta do grupo “em tecnologia vai ser fortíssima durante os próximos anos”.
Durante a convenção, a Airmet apresentou às suas agências associadas “três novos sistemas e o melhoramento de um outro já existente”. Deu a conhecer ainda uma plataforma de voos, que irá permitir às agências presentes do sistema IATA emitirem e acessarem aos NDCs existentes em Portugal. Além disso, a Airmet renovou a intranet do grupo, passando a fornecer às suas agências um “mural de comunicação, que passou a permitir a partilha de informação”. Luís Henriques disse tratar-se de uma “espécie de facebook do grupo, “em que as agências são livres e partilharem informação entre elas ou colocar questões”.
Na panóplia de novidades está também o lançamento da plataforma de DMCs, que irá permitir às agências alcançarem o que existe disponível em termos de oferta “em mais de 150 países”, dado a possibilidade ao agente de viagens de efetuar uma reserva automática, que lhe permitirá construir pacotes à medida do cliente.
Por outro lado, a Airmet decidiu apresentar na convenção os melhoramentos efetuados na plataforma Book & Go, um comparador de hotéis, que integra nove parceiros, onde acrescentaram “outro tipo de serviço, como atividades, entradas em espetáculos e concertos”, entre outros.
“Os próximos anos vão ser muito mais interessantes em termos de tecnologia”, concluiu Luís Henriques.