Escapadinha de 3 dias em Malta

A ilha de Malta é de tal modo pequena (apenas 250 quilómetros quadrados) que é perfeitamente elegível para uma escapadinha de 3 dias. Valletta é o ponto de partida.

Com mais de sete mil anos de história, Malta costuma ser descrita como um grande museu ao ar livre e não é exagero. Por aqui passaram civilizações antigas, como a romana, a fenícia e a árabe. Em épocas menos recuadas, os ingleses tomaram Malta como colónia e até hoje essa herança é bem visível: conduz-se pela esquerda, anda-se de autocarros de dois andares vindos das terras de Sua Majestade e fala-se muito bem Inglês.

Valletta

Com apenas 6 mil habitantes, esta cidade é uma das mais pequenas capitais da Europa. O seu centro histórico apresenta uma curiosa planta quadricular, composta por 12 ruas paralelas e sete perpendiculares. A sua beleza, monumentalidade e estado de conservação elevaram-na, sem surpresa, ao estatuto de Património Mundial da UNESCO.

Comece  a visita pelos Barrakka Gardens, jardins a partir dos quais poderá desfrutar de uma vista geral sobre o porto e admirar as muralhas e os bastiões que rodeiam a cidadela e que serviram de cenário a filmes e, mais recentemente, a séries como “A Guerra dos Tronos”.

Daí siga para a Co-Catedral de St. John, mandada construir pelos cavaleiros da Ordem de St. John, entre 1573 e 1578, mais tarde conhecidos como cavaleiros da Ordem de Malta. Estes teriam partido de várias partes do mundo para se reunirem nesta ilha, daí que a catedral tenha sido construída com 8 capelas, cada qual para uma língua ou região correspondente aos cavaleiros de St. John.

A catedral possui ainda um museu, onde encontramos uma importante obra de Caravaggio, “A Decapitação de São João Batista”, bem como um relicário com a mão direita do mesmo santo, aquela que terá batizado Jesus Cristo.

A dois quarteirões de distância, alcança o Palácio dos Grão-Mestres (Grandmasters’ Palace), do século XVI, hoje palácio presidencial. Merecem visita as belíssimas State Rooms, bem como o Palácio das Armaduras (The Palace Armoury), com uma incrível coleção de armas e armaduras de diversas épocas.

Não deixe Valletta sem visitar a Sacra Enfermaria do Cavaleiros Hospitalários, atualmente centro de conferências; algumas das numerosas igrejas, com destaque para a Igreja Carmelita, com a sua famosa cúpula; ou o Museu Nacional de Belas Artes, alojado num edifício em estilo rococó, que exibe importantes obras do Renascimento aos nossos dias.

Fora da capital

Falar de Malta é falar também das praias e baías paradisíacas, com o azul do Mediterrâneo a invadir o nosso olhar. A Gruta Azul, situada no Sul da ilha, é um desses locais. A gruta pode ser visitada de barco, em pequenas viagens organizadas, e é perfeita para a prática de mergulho.

Também a Sul, não deixe de visitar Marsaxlokk, uma pequena vila de pescadores, onde os barcos coloridos oferecem uma panorâmica diferente. A sua bela baía permite desfrutar de bons momentos enquanto aprecia alguns dos mais deliciosos pratos de peixe e marisco.

A pitoresca cidade de Mdina, também conhecida como “cidade do silêncio”, é outra paragem obrigatória, com as suas estreitas ruas medievais, cheias de histórias e encantos.

Nos arredores

O arquipélago é composto pela ilhas de Malta, Gozo e Comino, para além de três ilhéus desabitados.

GOZO, ou “a terra onde o tempo parou”, como é conhecida, situa-se a apenas 30 minutos por ferry-boat e é talvez a mais indicada para a prática de turismo de natureza, pela sua serenidade e beleza. Visite a Caverna de Calipso onde, segundo a mitologia, a ninfa Calipso manteve Ulisses prisioneiro; e o Templo de Ggantija, edificado no neolítico, entre 3600 e 3200 a.C., para ser habitado por gigantes.

Já a ilha COMINO, antigo esconderijo de piratas e contrabandistas, tem somente 2,5 Km de largura e é o local ideal para passar umas horas absolutamente descontraído nas margens da Blue Lagoon.

 

 

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