Estações náuticas reforçam aposta na valorização do turismo nacional

Combater a sazonalidade do turismo nas regiões, promover a oferta turística, assegurar a introdução das camadas mais jovens na prática de atividades náuticas e garantir a certificação de mais 15 estações, foram os principais objetivos partilhados pela Coordenação das Estações Náuticas de Portugal (uma Rede criada e gerida pelo Fórum Oceano), até 2024, no âmbito da mais recente edição da Nauticampo.

Criar, construir, apostar e melhorar infraestruturas: são estas as palavras de ordem para o trabalho pensado pelo Fórum Oceano, em articulação com os diversos parceiros, para um projeto de valorização do turismo nacional através do desenvolvimento da Rede de Estações Náuticas. Cientes da elasticidade que estas plataformas assumem, enquanto espaço de promoção de lazer, de atividade desportiva de alto rendimento e de desenvolvimento e promoção turística, até 2024, o objetivo passa por «estabelecer e ampliar pontes entre várias entidades – câmaras, federações, operadores turísticos, autoridades públicas, parceiros, entre outros – com vista ao desenvolvimento, melhoria e promoção contínua, destas que são plataformas premium de apresentação do melhor que cada região, e Portugal como um todo, tem para oferecer», referiu António José Correia, Coordenador da Rede de Estações Náuticas em Portugal, no âmbito da Nauticampo Talk dedicada ao tema do crescimento integrado das regiões.

Em consonância com Plano de Ação para o Desenvolvimento do Turismo em Portugal, as Estações Náuticas concedem uma oferta diversificada (tanto nas atividades aquáticas como na distribuição geográfica das mesmas) que permite criar oportunidade para consolidar as estratégias de eficiência coletiva para o Cluster do Turismo.  Numa rede que conta já com mais de 1.300 parceiros, 60% deles empresas, e que tem em vista a internacionalização em mercados prioritários (França, Alemanha e Países Baixos), as Estações Náuticas revelam um pacto com a sustentabilidade e o turismo nacional, constituindo-se como modelos de oferta complementar que podem ir desde a promoção e incentivo à prática desportiva de alta competição (integrando os jovens desde cedo na prática de desportos marítimos) até à valorização e conservação da história, origens, tradição, e identidade de cada região, através da gastronomia e de diversas manifestações e experiências culturais. É também neste sentido que é assumido como compromisso a forma como, inclusivamente, respondem ao desafio da sustentabilidade na atividade turística, para que se tornem mais resilientes e reforçadas em momentos de crise (fazer melhor e com maior segurança).

Integradas nos objetivos 20/30 para o turismo em Portugal, as Estações Náuticas são um projeto em constante desenvolvimento e «são, acima de tudo, espelho de como um só produto pode incorporar o melhor que uma região tem para oferecer, trabalhar na defesa do património e identidade cultural, e de como o trabalho em rede pode potenciar o melhor que o país tem para mostrar», acrescentou António José Correia. É por esse motivo que a Rede tem vindo a crescer, estimando-se que até 2024 estejam certificadas mais 15 Estações Náuticas, que se juntam às 27 já existentes, num trabalho contínuo de promoção do território e do sector Náutico Português na sua totalidade – desde os destinos de costa aos territórios do interior: como rios, lagos e albufeiras de barragens.

Formar jovens atletas, sensibilizando os jovens, desde cedo, para a prática de atividades aquáticas, contribuir para o reconhecimento das infraestruturas e da sua qualidade a nível europeu, manter um papel ativo na preservação da história, do sentido de pertença e da experimentação da cultura local «é apenas o início de tudo o que estas plataformas são capazes de agregar e do exemplo único que podem constituir na medição do impacto das políticas públicas na valorização do território», conclui António José Correia.

O objetivo será trabalhar de forma articulada para a notoriedade da rede, num trabalho contínuo de investigação, investimento e aposta nas infraestruturas, tornando-as cada vez mais capazes e dotadas de ferramentas que possam formar campeões, conservar a história e o património e levar Portugal e as suas regiões muito além-fronteiras. Porque o importante é que se experimente Portugal, em todas as Estações.

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