Grande Museu Egípcio inaugurado oficialmente

Após décadas de preparação e sucessivos adiamentos, o Grande Museu Egípcio (GEM) abriu oficialmente as suas portas ao público hoje, 1 de novembro.

Localizado junto às lendárias Pirâmides de Gizé, o novo museu representa um dos mais ambiciosos projetos culturais do século XXI, reunindo mais de 100.000 artefactos que testemunham cinco milénios de civilização egípcia.

Um marco para a cultura mundial

A inauguração do Grande Museu Egípcio constitui um evento de importância global, reunindo líderes internacionais, entre eles o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, académicos, personalidades da cultura e visitantes de todo o mundo, aos pés da Grande Pirâmide.

“O Grande Museu Egípcio não é apenas um edifício, é uma mensagem de esperança e de humanidade. É o presente do Egito ao mundo”, afirma o Prof. Zahi Hawass, arqueólogo e antigo Ministro das Antiguidades.

Uma obra de arte da arquitetura moderna

Com uma área de 47 hectares, o GEM é o maior museu alguma vez construído dedicado a uma única civilização. O seu design, de alabastro translúcido, integra-se harmoniosamente na paisagem do planalto de Gizé, refletindo a geometria das pirâmides num diálogo entre passado e futuro.

Entre os destaques do museu incluem-se:

  • A colossal estátua de Ramsés II, com 83 toneladas, que dá as boas-vindas aos visitantes no átrio principal;
  • O lendário Barco Solar do Rei Khufu, meticulosamente transferido da base da Grande Pirâmide para uma galeria de conservação moderna;
  • A coleção completa do Faróo Tutankhamon, composta por 5.398 objetos, exibida pela primeira vez em conjunto desde a descoberta do seu túmulo em 1922;
  • Os tesouros da Rainha Hetepheres, mãe de Khufu e avó de Khafre, que agora, e pela primeira vez, se tornam acessíveis ao público.

O museu oferece ainda uma experiência única ao permitir aos visitantes observar, em tempo real, o trabalho de conservação e restauro realizado por especialistas egípcios e internacionais.

Um símbolo de paz e de resiliência

A abertura total do GEM estava inicialmente prevista para 2024, mas foi adiada por decisão ética do Governo egípcio, liderado pelo Primeiro-Ministro Dr. Mostafa Madbouly, em solidariedade com as vítimas dos conflitos no Médio Oriente.

Sob a liderança do Presidente Abdel Fattah El-Sisi, o projeto foi concluído com um investimento superior a mil milhões de dólares, reafirmando o papel do Egito como guardião do património universal.

O Grande Museu Egípcio é mais do que um espaço de exposição: é uma ponte entre o passado e o futuro, entre o Egito e o mundo. Representa uma visão moderna de um país que honra as suas raízes antigas e continua a inspirar gerações através da cultura, da ciência e da arte.