Palaphita, um restaurante amazónico, ecológico e sustentável

Eco-lounge de Cascais destaca-se pela preocupação com o meio ambiente e pela saborosa comida da chef Natacha Fink.

Se um avião caísse na Floresta Amazónica, uma pessoa sobrevivesse e resolvesse criar um restaurante com o que encontra por lá, como seria? Segundo Mário de Andrade, fundador do Palaphita, o eco-lounge de Cascais foi idealizado, erguido e operado sob esses preceitos.

“Quando abri o primeiro Palaphita, há 20 anos, falava de sustentabilidade. Hoje penso na regeneração. Penso que se acontecesse algo e a gente abandonasse o espaço, a natureza tomaria conta, sem prejudicar o ambiente. Porque só utilizamos materiais regeneráveis. E também fazemos muito reaproveitamento do que vem da natureza”, explica Mário de Andrade, nascido em Manaus, capital do estado do Amazonas.

Além da preocupação diária com a natureza, a ementa busca o melhor da gastronomia amazónica e portuguesa com criações autorais da chef Natacha Fink. Com novos pratos pensados especialmente para cada estação do ano.

A tradicional entrada do Palaphita, o Tapi ganhou vida nova (Dadinhos de tapioca hidratada e temperada com queijo, servidos com mel picante) e pode ser acompanhado de uma punheta de bacalhau ou salada de camarão. Uma outra novidade é o Combinado Jarina (Azeitonas temperadas, queijo regional, chutney amazónico, caponata da casa, duo de pastas e cesto de pães). Nas sandes, destaque para o Prego de lombo com queijo coalho, uma mistura de lombo bovino com o queijo do Nordeste brasileiro. Além disso, uma nova versão do Hot Dog de Camarão, bem mais refrescante (Salada de Camarão com aipo, maçã, cebola roxa e maionese no pão careca). Entre os pratos principais, estão o Camarão ao Solimões (Camarões ao curry vermelho da casa com especiarias e temperos da horta, arroz com coco e couve coração caramelizada), o Pica-Pau de Camarão (Camarões salteados em azeite e alho, acompanhados de batatas coradas, maionese de manjericão e compota de abacaxi), Crocante de Bacalhau (Bolinho de arroz com bacalhau, natas e queijo fundido da Serra da Estrela, servido com chutney amazônico), Pica-Pau de Lombo (Lombo bovino picado na faca, salteado em azeite de ervas e finalizado com vinho branco, aceto balsâmico, molho inglês, mostarda e laranja, acompanha cogumelos, batatas, picles artesanal de cebola roxa com açaí, maionese de castanhas brasileiras e pães).

“Os produtos da estação sempre ganham destaque na nossa ementa. Como os tomates de verão, que são cultivados em Colares em sistema biológico. São incrivelmente doces. Há uma salada com eles e também aparecem na burrata e no Camarão ao Solimões”, afirma a chef Natacha Fink.

O Palaphita proporciona uma atmosfera primitiva e exclusiva, integrada organicamente ao local escolhido. Além da experiência  gastronómica e visual de excelência para os seus clientes, o restaurante destaca-se pelo uso de fibras renováveis, materiais descartáveis biodegradáveis e compostáveis, materiais de limpeza biodegradáveis e de menor impacto ambiental. Sempre a visar a regeneração. Na culinária, hortaliças e temperos vêm da própria horta que é cultivada no local.

O conceito de decoração do Palaphita baseia-se em uma arquitetura efêmera e que tem como base construções transitórias que podem modificar-se de acordo com o ambiente e o entorno natural, que se movimentam de acordo com a disponibilidade de matérias e as intempéries de cada lugar. Onde a natureza dita as regras do layout e da espacialidade gerada para o programa de necessidades deste eco-lounge.

 

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