Promover a gastronomia e a internacionalização das empresas portuguesas são os grandes objetivos da “Rede de Restaurantes Portugueses no Mundo”, um programa lançado esta sexta-feira, 1 de setembro, numa cerimónia presidida pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
O programa da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portuga (AHRESP) tem como objetivo identificar os restaurantes portugueses no estrangeiro, representativos da cultura gastronómica portuguesa e que desempenham um papel importante na divulgação do destino Portugal.
Numa primeira fase, que deverá estar encerrada em maio de 2018, serão apurados 75 restaurantes em cinco países: Espanha, França, Alemanha, Reino Unido e Brasil. Mas o plano é alargar esta rede a outros países do mundo, onde a diáspora portuguesa estiver instalada.
“São 75 restaurantes que vão ser primeiramente selecionados, numa longa lista de cerca de 500 inscritos voluntariamente, através de todos os parceiros neste programa. Vamos visitá-los fisicamente, um a um, ouvir as suas dificuldades e sugestões, facilitar as suas cadeias de abastecimento, ajudá-los a requalificar as suas instalações, equipamentos, e os seus serviços e receituários. E posteriormente reconhecê-los, e prestigiá-los, com a outorga dos respetivos Galardões, uma Placa de Identificação e um Certificado de Reconhecimento, bem como com várias ferramentas de trabalho, nas quais destacamos a Plataforma Gastronómica, onde tudo vai acontecer, através do uso das novas tecnologias”, sublinha José Manuel Esteves, diretor-geral da AHRESP.
A implementação internacional da “rede de Restaurantes Portugueses no Mundo” conta com o apoio de quatro entidades nacionais signatárias do protocolo que esta sexta-feira foi assinado: Ministério dos Negócios Estrangeiros, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, Turismo de Portugal e Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local.
Sob a marca “Taste Portugal” este programa da “Rede de Restaurantes Portugueses no Mundo” propõe-se ainda a identificar e classificar os produtos qualificados das regiões em convergência, fazendo um catálogo nacional de produtores e produtos qualificados. Será ainda elaborado um catálogo do receituário tradicional português com a produção de conteúdos textuais, fotográficos e audiovisuais distintivos e criativos do receituário tradicional.
Destaque ainda para a estruturação operacional de uma plataforma gastronómica, que será multilingue e com vários módulos/interfaces estratégicos de partilha de informação.
A promoção também não foi esquecida e será desenvolvida uma campanha em meios internacionais, sendo ainda organizadas press e fam trips e ainda realizados workshops documentados com chefs de referência.
Por fim serão organizadas ações de relações públicas nas principais cidades dos mercados, presença em feiras de especialidade, ativação da marca Prove Portugal e dinamização de “Sessões Portugal” para restaurantes aderentes, parceiros de negócio e instituições locais.
Aos membros do “Clube Taste Portugal” serão atribuídas placas, assim como um certificado, ambos apresentados na cerimónia que hoje teve lugar no Ministério dos Negócios Estrangeiros.
José Manuel Esteves frisou ainda o bom momento que o turismo vive em Portugal, sublinhando o crescimento da economia no país, que neste momento “se cifra em 2,9%, ou seja, acima do nível de crescimento da União Europeia que é de 2,3%, bem como o crescimento do investimento que foi de 7,7% no primeiro trimestre e 9,3% no segundo trimestre”, acrescentando: “Nesta esteira é com redobrado orgulho que confirmamos que Portugal e o sector do turismo estão bem e se recomendam.”
“Impõe-se agora, arregaçar as mangas e criar a Rede de Restaurantes Portugueses no Mundo, através de um programa que nos cinco continentes – reconheça, apoie e valorize os milhares de Empresários e Estabelecimentos que promovem e dignificam, não só o nosso Património Gastronómico, e os nossos Produtos Alimentares Certificados, bem como sejam um fator de coesão e promoção social, económica e de prestígio, das comunidades portuguesas no estrangeiro”, refere ainda o mesmo responsável.