A RIU Hotels & Resorts está a reavaliar os seus planos de investimento em Cabo Verde, devido à decisão governamental de requalificar a Reserva Natural de Ponta de Sinó, em frente aos seus hotéis na Ilha do Sal. A alteração das condições de negócio e a falta de garantias jurídicas por parte do Estado cabo-verdiano demonstradas com esta ação colocam em questão o projeto de construção de um novo complexo hoteleiro planeado pela cadeia na Ilha da Boa Vista para 2017.
“Face a este tipo de medidas que possibilitam a construção numa zona anteriormente protegida e que alteram os preceitos e condições de negócio com os quais a RIU se implantou na Ilha do Sal, a RIU Hotels & Resorts não pode ficar indiferente” assegura o administrador delegado da cadeia, Luis Riu. Assim, caso não se observem mudanças nesse sentido, Luís Riu afirma “não descartamos a possibilidade de repensar investimentos futuros em Cabo Verde, mais concretamente os que estão previstos para 2017 com a construção de um novo complexo hoteleiro na Ilha da Boa Vista”.
Até ao momento, a empresa investiu 25.153 milhões de escudos cabo-verdianos no país. Mas o seu compromisso com o país, até agora, não tem enfraquecido, muito pelo contrário. A RIU tem previsto o investimento de 4.962 milhões de escudos em 2016, na reforma de dois dos seus hotéis no Sal e na ampliação do hotel Riu Touareg, situado na Boa Vista. A cadeia tem também previsto o investimento em 2017 de mais de 6.700 milhões de escudos num novo hotel da luxuosa gama Riu Palace na ilha da Boa Vista; um novo complexo de categoria 5 estrelas superior, que está a ser repensado face ao sucedido no Sal.
A este investimento direto em terrenos, construção e equipamento dos seus hotéis, somam-se os impostos pagos pela RIU nestes 10 anos de operação no país que ascendem já a 7.434 milhões de escudos cabo-verdianos.
Estes investimentos teriam também repercussão na criação de emprego nas ilhas. Calcula-se que com os projetos previstos em 2016 e 2017 o número de trabalhadores do RIU aumentaria em cerca de 450 empregos diretos.