A CTP alerta o governo para o facto de as empresas do turismo já não estarem capitalizadas e é fundamental que surjam mais apoios e de uma forma mais rápida.
“Faz, no mês que vem, um ano de pandemia. Ninguém esperava que durasse este tempo e, hoje, o estado atual do turismo é de urgência”, afirmou esta manhã, Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), na sessão de abertura do webinar “CTP: O Estado do Turismo”.
“Muitos perguntam como aguentámos até agora”, referiu, respondendo: “Tivemos 10 anos de bom turismo, as empresas ficaram muito capitalizadas e constituíram reservas. É por isso que temos aguentado até agora, mas, passado 11 meses, não há reservas”.
A CTP identificou dez medidas como prioritárias, entre as quais estão o surgimento de novos apoios para o setor, assim como a extensão das medidas de apoio ao emprego, no mínimo, até ao final deste ano, solicitando ao governo, e aproveitando a presença do ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, no webinar, que o lay-off simplificado deverá ser “para todas as empresas com perdas de faturação”.
Francisco Calheiros solicitou ainda ao governo que não coloque de lado as grandes empresas nos acessos a apoios, que priorize o reforço financeiro do programa Apoiar, assim como possa fazer uma “revisitação das moratórias fiscais e financeiras”, alertando que “todas estas medidas, quando foram anunciadas, previam uma pandemia de três a quatro meses. Há quem diga que são uma bomba relógio”.
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