O fim de semana da Páscoa foi muito positivo para a atividade turística no Centro de Portugal, que registou taxas de ocupação elevadas em toda a região. Essa é a indicação que resulta de um levantamento realizado pelo Turismo Centro de Portugal junto das unidades hoteleiras e de turismo em espaço rural.
Os dados mostram que a procura para estes dias foi grande em todo o território do Centro de Portugal, com a taxa de ocupação a atingir, na globalidade da região, os 58,1% na sexta-feira e os 50,8%% no sábado. A amostra, que corresponde a cerca de um terço dos estabelecimentos hoteleiros e de turismo no espaço rural da região, foi feita antes do fim de semana, pelo que previsivelmente os números finais terão sido ainda mais significativos.
A procura registou um impacto particularmente expressivo nas sub-regiões de Aveiro, que apresentou uma taxa de ocupação de 78,7%, na sexta-feira, e de 70,7%, no sábado; da Beira Baixa, respetivamente com 61,8% e 66,9%; e Oeste, com 61,6%, na sexta-feira, e 60,8%, no sábado.
Mas esta foi também uma Páscoa muito gratificante para os empresários de turismo das sub-regiões do Médio Tejo (70,0% na sexta-feira e 42,1% no sábado), Coimbra (49,9% e 45,3%), Viseu Dão Lafões (44,5% e 45,1%), e Beiras e Serra da Estrela (47,3% e 45,1%).
Relativamente à origem dos visitantes, há a assinalar uma grande afluência de cidadãos espanhóis nos postos de turismo da Turismo Centro de Portugal – em Aveiro, por exemplo, 80,3% dos contactos no posto de turismo foram por parte dos “nuestros hermanos”. França, Brasil, Alemanha e Estados Unidos foram outros mercados emissores importantes, além, naturalmente, do mercado nacional. Uma nota para os 54 cidadãos de Israel que procuraram o posto de turismo de Aveiro na Sexta-Feira Santa.
Para Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal, “estes números do fim de semana de Páscoa, positivos em praticamente toda a região, levam-nos a acreditar que 2022 será, finalmente, o ano do início da recuperação da atividade turística. Apesar dos condicionalismos que limitam esta atividade – desde logo a pandemia, que ainda não acabou, a guerra na Europa e a subida do custo de vida –, a vontade de viajar e sair de casa por parte de todos é inabalável. Se nada de anormal acontecer até lá, cremos que o verão vai ser gratificante para os empresários da atividade turística da região. Mais do que ninguém, eles merecem que assim seja, depois de dois anos tão difíceis”.