Os números de viagens deste ano começam a aproximar-se dos de pré-pandemia. Segundo Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, “a procura de 2022 começa a morder os calcanhares da procura de 2019”, o que demonstra uma maior “noção de normalidade”.
Embora veja como um entrave o aumento do preço dos combustíveis, Pedro Costa Ferreira garante que este fator poderá causar “uma recuperação não tão rápida”, mas o setor vê essa meta como “certa”.
Neste momento, segundo o dirigente associativo, que esteve reunido com a imprensa esta quarta-feira, dia 11 de maio, em Lisboa, a grande preocupação dos agentes de viagens passa apenas por: “Como vamos conseguir responder com oferta a esta tão grande procura?”, questiona, dado o mercado estar ainda na fase de reabertura de destinos e no retomar de rotas aéreas e operações charter. E vai mais longe dizendo que “se 2022 não atingir os números de 2019 é por causa da maior lentidão do regresso da oferta relativamente à procura”.
Apesar de tudo, Pedro Costa Ferreira está confiante de que “oferta não irá faltar”, mas alerta para a falta de recursos humanos em todas as áreas do setor. “A falta de pessoal não é tão sentida nas agências de viagens, embora seja, mas é muito sentida nos nossos fornecedores e isso faz com que a capacidade de responder seja menor”, afirmou.
Quanto aos destinos que estão a registar maior procura adianta que “o mercado é maduro e é muito diversificado”, estando a vender-se “desde Portugal continental, Açores, Madeira, ilhas espanholas, Cabo Verde, Tunísia, Marrocos, Caraíbas, os destinos mais longínquos. O mercado é quase que surpreendentemente versátil e diverso para aquilo que é a nossa dimensão em termos populacionais”.