Maria Victoria Blazquez, diretora de Operações do NH Hotel Group para Portugal e Espanha
Qual foi o investimento feito no total das três unidades em Portugal?
O valor total para reposicionamento de todas as nossas marcas e hotéis foi estimado em 234 milhões de euros, dos quais 75% a serem aplicados nos hotéis Collection, ou seja 175,5 milhões de euros. No entanto, o valor aplicado em cada hotel não vou poder revelar.
E quanto a resultados das unidades portuguesas? Como tem vindo a ser a evolução?
Foi com Portugal que começámos o nosso processo de internacional, no início deste século, com a unidade da Avenida da Liberdade, o que demonstra a importância deste mercado para o grupo. Estamos satisfeitos com os resultados obtidos até agora [escusando-se a revelar números], apesar destes estarem em constante crescimento, mas penso que poderemos melhorar sempre mais e mais.
Cinco estrelas embora com menos uma
Dado que os NH Collection têm padrões tão elevados como os cinco estrelas, por que não fazem esse upgrade?
Para passar estas unidades a cinco estrelas temos que cumprir as normativas locais, que se regem por detalhes muito rigorosos. Para a NH as estrelas não é o mais importante e a nível internacional as estrelas também já não têm qualquer valor. O mais importante é termos um serviço cinco estrelas e podermos surpreender os nossos clientes ao verificarem que têm todo um serviço de luxo numa unidade quatro estrelas.
Qual tem vindo a ser a taxa de ocupação em época baixa e agora em época alta. Como acha que as transformações efetuadas no hotel poderão vir a alterar este índice?
A nossa taxa de ocupação tem vindo a manter-se na unidade Collection de Lisboa e os nossos clientes demonstram-se disponíveis a pagar um pouco mais para terem uma qualidade de serviço melhor agora com o upgrade de marca do hotel. Embora sem poder revelar percentagens, posso garantir que a taxa de ocupação tem sido constantemente elevada, com uma taxa de repetição também muito alta.
Já há alguma perspetiva de poderem vir a abrir outras unidades em Portugal?
O crescimento em Portugal é para continuar, mas embora tenhamos muitos projetos em cima da mesa ainda não temos nenhum finalizado.
Lisboa está na moda e entra no ranking das 15 cidades mais visitadas no mundo e começa a não ser fácil encontrar um bom projeto, uma boa localização e com um preço de solo atrativo, mas estamos certos que iremos aí crescer num curto a médio prazo. Para além de Lisboa, tudo depende das oportunidades. Quem sabe se não poderá surgir alguma coisa no Algarve ou outro projeto no Porto? Só o futuro o dirá. Uma coisa é certa, o mercado português é atualmente muito atrativo, com muitos hotéis e não é tão fácil conseguirmos um projeto dentro dos tramites que pretendemos, mas iremos lá chegar. O mundo está em constante mudança e crescimento e temos que saber crescer ao seu ritmo. Só assim poderemos surpreender e acolher da melhor forma os nossos clientes, tornando a experiência memorável.
Leia o artigo completo na Edição de agosto (nº 352) da revista VIAJAR – Disponível online
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