Descubra a Rota do Românico

Centro Histórico de Amarante

Percorra uma rota fundada nas memórias do Românico, que convida a uma viagem inspiradora a lugares com história, amadurecida em terra forjada de verde, repleta de saberes e sabores.

EM TERRAS DOS VALES DO SOUSA, DOURO E TÂMEGA, no coração do Norte de Portugal, ergue-se um importante património arquitetónico de origem românica. Traços comuns que guardam lendas e histórias nascidas com a fundação da Nacionalidade e que testemunham o papel relevante que este território outrora desempenhou na história da nobreza e das ordens religiosas em Portugal.

A ROTA DO ROMÂNICO REÚNE, atualmente, 58 monumentos e dois centros de interpretação, distribuídos por 12 municípios dos vales do Sousa, Douro e Tâmega: Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende.

As principais áreas de intervenção abrangem a investigação científica, a disseminação de conhecimento, a conservação do património, a dinamização cultural, a educação patrimonial e a promoção turística.

Castelo de Arnoia, Celorico de Basto

A ARQUITETURA ROMÂNICA iniciou-se paulatinamente em algumas regiões da Europa medieval entre o final do século X e as primeiras décadas do século XI. Durante esta época, manifesta-se um acentuado dinamismo na definição de planimetrias originais, em novas soluções construtivas e nos primeiros ensaios da escultura arquitetónica. O românico tem sido justamente considerado como o primeiro estilo europeu.

Quando falamos em arquitetura românica importa ter presente que os edifícios não constituem apenas um conjunto de elementos que, coordenados entre si, lhe conferem uma dada forma que se designa de “construção românica”. Estes são também, e muito, o resultado de combinações concetuais, mas também de conjunturas históricas, económicas, políticas, sociais e religiosas específicas.

Centro de Interpretação de Lousada

CENTROS DE INTERPRETAÇÃO. O território da Rota do Românico oferece um conjunto diversificado de percursos turísticos. Talvez a melhor forma de explorar este tesouro seja começar por visitar o Centro de Interpretação do Românico, em Lousada, ou o Centro de Interpretação da Escultura Românica, em Penafiel.

Com uma maior noção do tema, pode partir à descoberta dos locais por conta própria ou optar por alguns dos programas propostos, que incluem transporte, refeições e entradas nos monumentos. É de notar que alguns dos locais só são visitáveis mediante marcação prévia. Informe-se primeiro.

Igreja de Tabuado, Marco de Canaveses

ENTRE OS MUITOS PROGRAMAS TURÍSTICOS disponíveis, pode seguir os passos de José Saramago, Amadeo de Souza-Cardoso ou Agustina Bessa-Luís, experimentar o “Românico de Saberes e Sabores”, fazer o périplo dos Mosteiros Beneditinos ou os “Caminhos da Fé”.

A nossa sugestão é “Pela Rota do Românico” ou, se preferir, uma incursão pelo singular património e história nacionais, numa experiência marcante e enriquecedora. Com início na estação de caminho-de-ferro de Penafiel, o programa prevê paragens obrigatórias no Centro de Interpretação do Românico de Lousada e nos antigos Mosteiros beneditinos de Pombeiro e Travanca. Para o centro histórico de Amarante e Quinta da Tapada estão prometidos os momentos de relaxamento e degustação.

Mosteiro de Pombeiro, Felgueiras

SANTA MARIA DE POMBEIRO, em Felgueiras, foi um dos mais importantes mosteiros beneditinos do Entre-Douro-e-Minho, tendo sido fundado em 1102. A Igreja, dos séculos XII-XIII, é composta por três naves, divididas por arcos-diafragma e com cobertura em madeira pintada, nas naves laterais. A planta original da capela-mor, reconstruída no século XVIII, era semicircular à boa maneira românica, assim como os absidíolos (capelas secundárias) ainda existentes. Os capitéis do portal principal são um notável exemplo de escultura românica.

Mosteiro de Travanca, Amarante

O MOSTEIRO DE TRAVANCA, em Amarante, impressiona pelas suas dimensões, sobretudo a Igreja, edificada no século XIII. Associado à linhagem de Egas Moniz, o aio de D. Afonso Henriques, constituiu um dos mais poderosos institutos monásticos da terra de Sousa durante a Idade Média.

No exterior da Igreja, de três naves, impõe-se o portal principal, rasgado em corpo saliente, encimado por cornija sobre modilhões retangulares e ornado com mísulas (pedras salientes de apoio) em forma de cabeças de bovídeo. O interior é composto por diversas soluções artísticas e arquitetónicas do período medieval e posteriores.

Todavia, o que se sobressai no conjunto é a torre isolada, considerada uma das mais elevadas torres medievais portuguesas. O seu ar militar é puramente simbólico, destacando-se o seu portal ricamente lavrado, cujo tímpano apresenta uma original representação do Agnus Dei (Cordeiro de Deus).

 

 

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui