De acordo com um estudo elaborado para a Associação das Rotas do Vinho de Portugal, que contou com a colaboração de cerca de 260 unidades de Enoturismo, foi estimado um total de 2,2 milhões de visitantes em 2016. Em algumas regiões o Enoturismo assume-se como uma atividade de relevo na dinamização da oferta turística. São exemplo disso, o Porto e Norte, o Alentejo e a Península de Setúbal. Noutras regiões o Enoturismo revela potencial, embora ainda numa fase emergente, comparativamente, ao nível de desenvolvimento do setor produtor de vinhos. No Grande Porto, onde as Caves do Vinho do Porto, em Gaia, constituem um motivo de atração turística, as mesmas registaram cerca de 1 milhão de visitantes ano.
Segundo fonte do Turismo de Portugal, no universo associado ao vinho foram identificados “mais de 250 adegas, 850 quintas produtoras, 76 caves, 1200 produtores, sem esquecer os museus do vinho e as aldeias vinhateiras”, acrescentando que “entre as organizações do setor, destacam-se pela relevância para o turismo, a iniciativa que as Rotas dos Vinhos (atualmente 11) que podem desempenhar em prole do interesse comum de organizar e promover o Enoturismo. Estes números são relevantes e espelham do ponto de vista económico e social, o contributo para a dinâmica de territórios menos desenvolvidos, para a coesão territorial e emprego gerado”.
Na verdade, os clientes que viajam e procuram Portugal com esta motivação pretendem conhecer ou aprofundar os seus conhecimentos sobre os vinhos, mas também contactar a autenticidade das terras e das populações.
“Trata-se, em boa parte, de consumidores nacionais, sendo os mercados estrangeiros de maior potencial o Reino Unido, a França, a Alemanha e a Espanha. Como viajam ao longo de todo o ano, contribuem também para atenuar os efeitos da sazonalidade e para a dinamização das economias de base regional e local. Este segmento tem, por isso, condições para se afirmar cada vez mais como um ativo turístico de grande relevância para Portugal”, sublinha a mesma fonte.
No que diz respeito à promoção que está a ser feita em torno do Enoturismo, o Turismo de Portugal tem vindo a implementar diversas medidas de apoio e a colaborar com parceiros turísticos e do universo vitivinícola: “Desde logo, tem alinhado a sua estratégia de promoção do destino Portugal com a Viniportugal em ações e mercados que potenciem a promoção internacional de Portugal como destino turístico e país produtor de vinhos, sob as marcas Visitportugal e Vinhos de Portugal. O projeto de consolidação internacional da marca “Taste Portugal” surge como veículo comunicacional de conteúdos de produtos em que Portugal se distingue, como sejam a gastronomia e vinhos, através do site www.tasteportugal.com.”
Mas também, nas principais feiras de turismo em que há balcão de degustação de produtos portugueses, “há sempre vinhos portugueses (incluindo moscatel e vinho do Porto) disponibilizados pelas Agências Regionais de Promoção Turística e Rotas dos Vinhos”.
Outras ações são desenvolvidas em conjunto com a Viniportugal, designadamente, a articulação na presença de ambas as entidades em ações. São exemplo, disso, o apoio e a participação, em junho, em dois eventos de promoção do vinho português no Rio de Janeiro e em São Paulo. Foi também apoiada a organização da MUST – Fermenting Ideas – Wine Summit Cascais, em junho, evento que reuniu alguns dos maiores especialistas mundiais do sector vinícola, incluindo da imprensa internacional dedicada ao tema.
Também tendo em vista a promoção internacional da gastronomia portuguesa, foi assinado recentemente um protocolo de cooperação tendo presente a rede de restaurantes portugueses no exterior, envolvendo a AHRESP, Minha Terra Federação Portuguesa das Associações de Desenvolvimento Local, os Ministérios da Cultura e dos Negócios Estrangeiros.