Com uma grande riqueza no que ao Turismo de Natureza diz respeito, o Alentejo lançou pelas mãos da SAL – Sistemas de Ar Livre, o guia Transalentejo Percursos Pedestres do Alqueva. A apresentação, realizada durante a BTL ficou a cargo de José Pedro Calheiros, diretor geral daquele operador que durante 14 meses desenvolveu em colaboração com onze municípios este guia bilingue (português e inglês).
À Viajar, o responsável contou que “a SAL, empresa escolhida como parceira para implantação técnica do percurso tanto a nível da engenharia, ou seja pensar toda a rede de percursos pedestres como a coordenação com os municípios, tivemos também a implantação no terreno ou seja, toda a sinalização e todo o trabalho técnico de elaboração do guia do rascunho que depois seguiu para a equipa de design.” Com trilhos de 9 a 21 km, dos mais fáceis aos mais complexos a nível físico, são acessíveis a qualquer pessoa, sendo que “não estamos a falar de atividade desportiva mas de turismo de natureza portanto privilegiamos os valores cénicos da paisagem, os valores culturais dos monumentos e património material e imaterial associados, mas estão feitos para que sirvam os públicos que tipicamente consomem estes produtos a nível europeu”.
Mas como é este tipo de cliente?, o nosso entrevistado define-o como sendo “de um segmento etário relativamente alto acima dos 45 anos tipicamente e muitos acima dos 55 anos que se deslocam muitas vezes de forma autónoma ou integram-se em grupos complementares com pessoas vindas de vários lados. Dão muito valor à autenticidade dos territórios, e no Alentejo estamos à frente dessa competição pela dimensão do território e pouca população que mantém ainda uma autenticidade. É uma região não industrializada onde a agricultura em alguns sítios é mais intensiva mas que ainda convive bem com a paisagem que agrada muito a essas pessoas que querem mais do que andar a pé”. E o mercado existe. Um estudo realizado pela SAL revelou que existe entre 130 a 150 milhões de caminheiros na Europa e América do Norte. Caminheiros turísticos, são, nas palavras de José Pedro Calheiros “ pessoas que pelo menos duas vezes por mês se dispõem a sair de casa para ir fazer uma caminhada. Não é caminhada à beira rio, é fazer um passeio pedestre levando bastão, mochila, lanche, etc. É um mercado que para o nosso território Alentejo e nosso país é inesgotável porque temos 10 meses com possibilidade de fazer passeios pedestres, tirando os meses de julho e agosto porque são muito quentes, embora dê para fazer à noite com observação dos astros, e o Alqueva também tem o Dark Sky. E mesmo nos outros meses, mesmo dezembro ou janeiro, os nossos invernos são excelentes para qualquer britânico, alemão ou holandês”.
Leia o artigo completo na Edição de Abril (nº 348) da revista VIAJAR – Disponível online