Portugal vai lançar uma campanha de promoção turística no Reino Unido já na próxima semana, afirmou esta tarde aos jornalista o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, no decorrer da inauguração da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa.
O governante garantiu que é objetivo do seu gabinete que os britânicos vejam Portugal como o destino europeu que lhes é “mais amigável”.
“Vamos acolher os turistas sem necessidade de vistos de entrada, vamos manter canais abertos nos aeroportos para que possam seguir sem interrupções, vamos manter o acesso aos canais eletrónicos de passaportes também disponíveis para os turistas que venham apenas para Portugal, vamos continuar a proporcionar o acesso ao Serviço Nacional de Saúde e ao transporte de animais de companhia. Tudo será criado para que os turistas do Reino Unido não sintam, apesar da saída do Reino Unido da União Europeia, qualquer alteração na experiência que tenham em Portugal”, garantiu.
Segundo Siza Vieira, “o mercado britânico é muito significativo para Portugal. É o mercado que mais turistas gera para o nosso país, com uma presença particular muito significativa no Algarve e na Madeira e, por isso, estamos, ao mesmo tempo, a fazer uma campanha intensa de promoção de Portugal. Estamos a contatar os operadores turísticos e as agências de viagens dando conta das condições que temos e vamos na próxima semana lançar uma campanha dirigida ao mercado do Reino Unido para mostrar aquilo que Portugal tem para oferecer”, enalteceu.
O responsável admite que “as alterações das circunstâncias podem ter algum impacto, mas o esforço de promoção e a simplificação administrativa visam mitigar esse impacto”.
Por outro lado, Pedro Siza Vieira destacou o facto de terem conseguido “repor a capacidade aérea no aeroporto de Faro, depois das falências de algumas companhias aéreas no ano anterior e nestes dois últimos meses, janeiro e fevereiro. A chegada de britânicos aos aeroportos nacionais ultrapassou os 16% face ao período homólogo do ano anterior. Isso significa que os britânicos retomaram o nível de crescimento que se tinha deteriorado um pouco. Vamos esperar com confiança a ver qual será o impacto destes efeitos”, referiu também.
As declarações de Pedro Siza Vieira tiveram lugar antes de o parlamento britânico ter rejeitado da saída do Reino Unido da União Europeia sem um acordo, embora com uma pequena margem de votos, ou seja, 312 a favor da proposta e 308 contra.
A Câmara dos Comuns irá agora votar, esta quinta-feira, um pedido de prorrogação à UE do processo do Brexit para depois de 29 de março.