A Portway avançou, esta quarta-feira, em comunicado, que “lamenta profundamente” que a Ryanair tenha decidido descontinuar os seus serviços de handling nos aeroportos de Faro, Porto e Lisboa.
A administração da Portway avançou que “analisou a situação criada com a maior preocupação e rigor, e, respeitando as melhores práticas laborais e sociais, desenvolveu todos os esforços para encontrar soluções que minimizassem as consequências da opção da Ryanair, que resulta da política de self-handling prosseguida pela companhia aérea logo que atinge massa crítica nos diversos mercados em que atua”.
Por esse motivo, a Portway anunciou, nesse mesmo documento, que “não pode deixar de proceder a um reajustamento para continuar a ser uma companhia eficiente, competitiva e sustentável, garantindo a segurança dos postos de trabalho à enorme maioria dos seus 2165 colaboradores”.
Com a saída da Ryanair do seu portfólio, a Portway perde assim 33% da sua atividade, mas garante que irá “continuar a fazer tudo para minimizar as consequências sociais” desta redução. “Para esse efeito reduzimos ao mínimo indispensável a restruturação a implementar em termos de redução de postos de trabalho, que admitimos poder não ultrapassar os 8% a 10% do efetivo, caso seja possível garantir a conversão a tempo parcial de um conjunto determinado de postos de trabalho”, lê-se no comunicado.
Decidiram ainda “utilizar a capacidade negocial gerada no processo de resolução da relação comercial com a Ryanair, não para otimizar as margens de exploração, mas sim para garantir aos trabalhadores da Portway prioridade no processo de admissão a efetuar por esta empresa no Porto e Lisboa”.
Finalmente, “os trabalhadores Portway, nomeadamente em Faro, que não sejam admitidos na Ryanair, poderão vir a ser integrados numa bolsa de recrutamento para complementar a necessidade de mão-de-obra nas épocas de maior tráfego aéreo, e naturalmente para preencher as vagas geradas pelo crescimento de atividade esperada para os próximos anos”.
A Ryaniar anunciou também que “decidiu informar as estruturas sindicais e todos os colaboradores envolvidos com a máxima antecedência possível, independentemente do período mínimo de aviso prévio e da data efetiva de cessação da necessidade da sua prestação de trabalho”.
“Para aqueles que, por diferentes razões, não vejam garantida pela Ryanair a disponibilidade de um posto de trabalho, a compensação atribuída, as garantias sociais e a possibilidade de contratação a termo pela própria Portway permitirá aos colaboradores abrangidos um rendimento disponível pelo período de 3 a 4 anos semelhante ao que aufeririam se não ocorresse o presente processo. Acredita-se que este período será o suficiente para aproximar os níveis de atividade futura dos que se verificam até à resolução dos contratos com a Ryanair”, concluiu o documento.