Revive: Lançada “primeira pedra” da recuperação da ala sul do Mosteiro de Arouca

Inicia-se hoje a obra de recuperação da ala sul do Mosteiro de Arouca, concessionada por 50 anos à sociedade Mesquita de Sousa Hotels & Resorts, Lda., na sequência de um concurso público lançado ao abrigo do Programa REVIVE. 

O concessionário e a Câmara Municipal de Arouca assinalaram o momento com uma cerimónia presidida pela Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, e que contou com a presença, entre outros, de representantes dos vários organismos envolvidos no programa REVIVE.

O imóvel será convertido numa unidade hoteleira de 5 estrelas, com 56 quartos, spa, piscina interior e exterior e corte de

padel, contando também com um restaurante, num investimento global na ordem dos 5,9M€.

O Mosteiro de Arouca foi fundado no século XII pela Ordem de Cister, tendo-se tornado relevante depois de a efémera rainha de Castela, D. Mafalda, filha do rei D. Sancho I de Portugal, lá ter vivido entre 1220 e 1256 (estando lá sepultada). Está na posse do Estado desde 1834 (ano em que foram extintas as ordens religiosas). Manteve funções religiosas até 1886, ano da morte da última freira. Nesse momento, todos os bens reverteram para a Fazenda Pública. Nos últimos anos o Mosteiro teve utilizações diversas.

O imóvel, que se localiza em pleno centro da Vila de Arouca, está classificado como Monumento Nacional desde 1910.

De estilo classicista romano, foi objeto de grandes intervenções nos séculos XVII e XVIII, em estilo barroco, e de um restauro em duas fases já no século XX. 

A concessão da ala sul do Mosteiro de Arouca, que se encontrava sem utilização, e o início da obra de conversão deste espaço numa unidade hoteleira com várias componentes de lazer, representam o início de uma nova vida deste imóvel e da vila de Arouca, permitindo não só a reabilitação deste importante património, mas também a sua valorização e devolução à comunidade, contribuindo ainda para o reforço de atratividade da região.

O REVIVE é uma iniciativa dos Ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças, que conta com a colaboração das autarquias locais e a coordenação do Turismo de Portugal, e pretende recuperar e valorizar património público devoluto e reforçar a atratividade dos destinos regionais.

O programa integra atualmente 51 imóveis, 23 dos quais em territórios de baixa densidade.

Foi já adjudicada a concessão de 19 imóveis, representando mais de 144 milhões de euros de investimento privado na recuperação de património público e rendas anuais na ordem dos 2,4 milhões de euros.

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