Em abril deste ano a taxa de ocupação quarto subiu 8 p.p., em comparação com abril de 2016, atingindo os 76%, um crescimento idêntico ao registado em março de 2016 evidenciando a importância do período de férias da Páscoa na maioria dos destinos turísticos nacionais.
No que concerne às categorias hoteleiras nacionais, as unidades de 4 estrelas mantêm o pódio com um acréscimo de 9,6 p.p., refletindo uma taxa de ocupação de 79%.
A liderança em termos de taxa de ocupação por destinos turísticos voltou a espelhar o ranking dos últimos meses, com a Madeira e Lisboa a ultrapassarem os 85% e o Grande Porto a fixar-se nos 83%. Porém, os crescimentos mais robustos couberam ao Minho (15,1 p.p.), Coimbra (14,6 p.p.) e Alentejo (12,1 p.p.), puxados pelas miniférias da Páscoa e os feriados do 25 de abril e 1 de maio e a consequente importância do mercado interno e espanhol nestes destinos.
Os aumentos na taxa de ocupação resultaram também em incrementos a dois dígitos nos restantes indicadores, em particular no RevPAR (preço médio por quarto disponível) com mais 30%, face ao período homólogo, fixando-se nos 64 euros, com os destinos turísticos do Minho, Coimbra e Viseu a destacarem-se com crescimentos de mais 49%, 46% e 40%, respetivamente, face a abril de 2016.
O ARR (preço médio por quarto ocupado) fixou-se nos 84 euros, representando mais 17% do que no período homólogo, sendo de destacar um crescimento de 20% das unidades hoteleiras de 4 estrelas e de 15% nas unidades hoteleiras de 5 estrelas, cabendo aos destinos turísticos do Oeste, Algarve e Açores os maiores acréscimos com 25%, 20% e 19%, respetivamente.
A receita média por turista no hotel foi outro dos indicadores a registar uma significativa subida, nomeadamente de 6% face a abril de 2016. Os destinos insulares destacaram-se tanto em valores absolutos, com a Madeira a obter uma receita média de 290 euros, como em valores relativos, com os Açores a crescerem mais 12% do que em igual período do ano passado.
Cristina Siza Vieira, presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal, afirma que “o mês de abril foi realmente muito forte para os hotéis portugueses. Já era, tradicionalmente, um bom mês, mas este ano superou todas as expectativas. Este crescimento espantoso em todos os indicadores não é alheio ao efeito Páscoa. Há destinos, como o Minho e o Alentejo, em que se percebe que esse fator foi decisivo. No acumulado de janeiro a abril, verificamos um bom arranque de ano, com destaque para o RevPAR que tem crescido sempre a dois dígitos. Numa análise aos primeiros quatro meses de 2017, em comparação com o período homólogo e antevendo crescimento análogo para o resto do ano, podemos perspetivar que este será o melhor ano de sempre para a hotelaria nacional”.