Sem novo aeroporto, Portela teve de recusar 1,3 milhões em lugares de avião em 2023

Por Sílvia Guimarães

Bernardo Trindade, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), lamenta que “a Comissão Técnica Independente, responsável pelo relatório sobre a localização do novo aeroporto, não tenha tratado com a mesma dignidade as respostas a curto e médio prazo que Portugal tem de dar em termos de acessibilidades”.

O dirigente associativo relembrou, durante a sessão de abertura do 34º Congresso da Associação da Hotelaria de Portugal, que 2023 bateu todos os recordes a nível do turismo. No ano passado as receitas turísticas atingiram os 25 milhões de euros, quadruplicando o valor em 15 anos, mas o responsável alerta para as consequências do consecutivo atraso do novo aeroporto da região de Lisboa.

“Quando falamos da procura por Portugal, sabemos todos que ela está condicionada. E há muito tempo. Está condicionada porque a nossa principal porta de entrada no país, servindo todo o país, o aeroporto de Lisboa está condicionado. Só em 2023, segundo a ANA Aeroportos, recusamos o equivalente a 1,3 milhões de lugares de avião, de companhias intercontinentais transportando clientes de alto valor aquisitivo”, lamentou.

E deixou a pergunta: “Podemos dar-nos a este luxo? Não me parece. Clientes que querem visitar, fruir, alimentar toda a nossa economia…”.

* A jornalista viajou ao Funchal a convite da AHP

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui