Promover o país junto do mercado dos operadores turísticos e agentes de viagens e retirar o que de melhor tem a Estratégia Turismo 2027 traçada pelo Governo português são os principais objetivos de Benjamín Liberoff, vice-ministro do Turismo do Uruguai, que esta segunda-feira, 22 de janeiro, falou sobre este pequeno país da América do Sul, apelidado da “Suíça da América”, na Pousada de Lisboa.
Dos quatro milhões de turistas que o país recebeu em 2017, apenas 5.000 são portugueses. Um número que segundo o mesmo responsável gostava de ver aumentado com as ações de promoção previstas e que incluem press e fam trips para jornalistas e agentes de viagens a pensar já em 2019.
“Se houver agências e operadores portugueses com interesse no mercado uruguaio também podemos melhorar o intercâmbio entre ambos os lados”, disse ainda o vice-ministro do Turismo, que delineou em traços gerais as capacidades económicas do seu país, com 3,3 milhões de habitantes e que ocupa os lugares cimeiros em vários rankings, tornando-o no país mais estável da América do Sul.
No que diz respeito às preferências dos portugueses que os visitam, Benjamín Liberoff refere que a componente cultural e histórica é a principal razão, uma vez que a fundação da Colónia do Sacramento lhes é familiar.
“Penso que a primeira vez que chegam ao Uruguai o fazem como complemento de outra viagem, por exemplo quem vai até Portalegre, no Brasil, acaba por visitar o nosso país e claro está a capital, Montevidéu. Mas há também que venha pela gastronomia e o vinho, ou não fossemos conhecidos por ter a melhor carne e depois temos alguns produtos que são iguais aos que encontram no Algarve, como por exemplo Punta del Este, que tem a praia sul-americana de maior prestígio”, sublinha.
Questionado sobre possíveis investidores portugueses no Uruguai, o governante aponta o Grupo Pestana, que detém uma sede de Jockey Club e que em breve poderá ser transformada em pousada ou hotel. Para já o projeto está “em apreciação e as negociações estão avançadas para iniciarem as obras”, revela ainda.
Quanto à Estratégia de Turismo 2027 traçada para Portugal e que ensinamentos pode o Uruguai retirar daqui o vice-ministro explica, que tal como o mercado português, o seu país tem sazonalidade e muitas vezes oferta concentrada em alguns polos turísticos e que deve ser expandida a todo o território.
“Outra área passa pelo Turismo Fluvial desenvolvido que vocês têm e que nós ainda não possuímos. Mas também na inovação, no turismo de acessibilidades e no turismo social”, conclui.
Quanto às ligações aéreas para o Uruguai, Benjamín Liberoff pensa que os voos diretos a partir de Madrid na Ibéria, ou as ligações através de São Paulo (Brasil) pela TAP ou a TAM são suficientes.