Por Sílvia Guimarães
O Grupo Vila Galé apresentou este fim de semana o seu mais recente projeto situado em Elvas, no Alentejo, o Vila Galé Casas d’Elvas. Apesar de já estar pronto para receber hóspedes, a data de inauguração continua incerta devido a impedimentos colocados pela Património Cultural IP. Este projeto insere-se na estratégia do grupo de recuperação de edifícios históricos, sendo um dos 18 empreendimentos deste género no seu “currículo invejável”, conforme afirmou Jorge Rebelo de Almeida, presidente da Vila Galé, durante uma conferência de imprensa.
Ciente dos desafios inerentes a estas iniciativas, o responsável destacou que “recuperar património histórico é mais difícil, mais arriscado, mais trabalhoso e mais caro”. Lamentou ainda os obstáculos enfrentados em vários projetos, referindo que, no caso do Vila Galé Casas d’Elvas, foi necessário recuperar edifícios em estado avançado de degradação, nomeadamente as antigas casas da fábrica da ameixa e os edifícios do aljube eclesiástico e do conselho de guerra, que se encontravam completamente abandonados.
Resultante de um investimento de seis milhões de euros, o hotel conta com 44 quartos, piscina panorâmica, um salão de eventos, e o já conhecido restaurante Massa Fina, complementando assim a oferta do Vila Galé Collection Elvas, situado mesmo à sua frente.
Durante a apresentação, Jorge Rebelo de Almeida explicou que a nova unidade vai “valorizar a oferta do centro histórico de Elvas” e admitiu que o Vila Galé Casas d’Elvas seria “inviável” sem o apoio da unidade hoteleira já estabelecida na cidade. Reconheceu ainda que, apesar de ser “mais difícil vender este hotel”, há “nichos de clientes que não procuram um quarto igual a todos os outros”. Recordou que, nos primeiros anos, o Vila Galé Évora também teve dificuldades, mas hoje “poderíamos fazer mais quartos e temos capacidade para isso”.
O presidente da Vila Galé sublinhou ainda a importância de atrair mercados internacionais, nomeadamente o Brasil e os Estados Unidos, para garantir o sucesso da nova unidade, defendendo a necessidade de investir mais no mercado americano.
Reforçou também que “o nosso caminho não é o do preço barato”, garantindo que “temos que apostar na qualidade e que trabalhar na excelência”.
Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do grupo, concordou que “os mercados mais longínquos têm tido mais apetência para descobrir estes produtos”, destacando que estes turistas costumam prolongar as estadias e encaram as viagens de outra forma. No entanto, reconheceu que o público português continua a ser o que melhor responde a este tipo de oferta. Como explicou, “temos alguma experiência de ter lançado alguns destinos que não estavam no mapa” e acredita que este é um trabalho que os “diferencia dos outros”.











