Vila Galé avança com hotel em Sintra e anuncia outro em Manteigas

Após 17 anos de espera, devido a licenciamentos, o Grupo Vila Galé está finalmente a avançar com o projeto de construção de um hotel em Sintra. Uma história que remonta a 1999, em que a vila histórica da região de Lisboa tinha Edite Estrela como autarca, e que será uma realidade, com previsão de abertura ao público no dia 25 de abril de 2018.

A notícia foi avançada, esta tarde por Jorge Rebelo de Almeida, presidente do conselho de administração do grupo, que disse que “as obras da unidade começaram no final do ano passado”.

O projeto, que será um investimento de 25 milhões de euros, e que terá também uma área de apartamentos residenciais, vai “ser marcante”, segundo Jorge Rebelo de Almeida, porque irá marcar uma “verdadeira mudança” na filosofia dos hotéis Vila Galé até ao momento.

A gastronomia estará em destaque na unidade, com dois restaurantes. Um de buffet em que “será dada primazia a produtos de baixo teor calórico, com bandeiras nutricionais em cada alimento”, e outro à la carte, “onde o charme irá imperar”, apesar de o menu vir a ser “também equilibrado a nível de dietas alimentares”.

Outra das peculiaridades do hotel será um Spa “Revival”, que terá consultas de dentária estética, dermatologia estética e médica, assim como programas anti idade e anti stress.

Outro serviço que ficará ao dispor dos hóspedes será uma charrete para os levar do hotel para o centro da vila.

Manteigas, Elvas e Braga

Manteigas é outra das novidades. Com um investimento orçamentado em “6 milhões de euros”, será a primeira unidade Vila Galé a surgir na Serra da Estrela e contará com 81 quartos e uma piscina infinita com vista para o vale e glaciar da serra.

Com alguns atrasos, por terem sido encontrados vestígios arqueológicos, está o hotel do Porto, embora a previsão de Jorge Rebelo de Almeida seja poder abrir a unidade ainda no final deste ano ou no início do próximo. O investimento é igualmente de 6 milhões de euros.

Elvas é a unidade seguinte, com a previsão da intervenção a começar no último trimestre deste ano, estando apenas à espera da aprovação da cultura para poderem avançar. O investimento na transformação do edifício histórico que irá dar lugar ao hotel será de 5 milhões de euros, embora o gestor admita que “possam vir a haver alguma derrapagem, dado o edifício estar em estado avançado de ruína”. O tema escolhido serão as fortificações portugueses espalhadas pelo mundo.

Por último, em Portugal irão ainda construir uma unidade em Braga onde irão investir 6 milhões de euros.

Embora ainda sem projeto concreto, Jorge Rebelo de Almeida deixou expressa a sua vontade de investir num hotel na Coudelaria de Alter do Chão, no Alentejo, onde o turismo equestre estará em destaque.

Num plano de intervenções no mercado nacional, o Vila Galé Tavira é o maior projeto, orçamentado entre 5 a 6 milhões de euros.

Investimentos de 45 milhões no Brasil

No Brasil, onde o grupo já tinha anunciado a abertura de um resort em Touros, no estado do Rio Grande do Norte, orçamentado em 100 milhões de reais (30 milhões de euros) e com inauguração prevista para setembro de 2018, vai agora surgir a ampliação do resort do Cumbuco, no estado do Ceará, que passará de 462 apartamentos para 534, num aumento de 20% de capacidade de alojamento. A intervenção deverá ficar finalizada ainda este ao e resultará de um investimento de 50 milhões de reais (15 milhões de euros).

Balanço e perspetivas

Em género de balanço, Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do grupo, afirmou que “2016 foi um ano bom para Portugal e para nós também”.

O responsável anunciou que cresceram “15% em receitas totais em Portugal, atingindo os 93 milhões de euros” e para isso contribuíram “todos os hotéis e destinos”.

Na taxa de ocupação por quarto vendido o aumento registado foi de 6%, ao passo que a taxa de ocupação média anual situou-se nos 63%, tendo os meses compreendidos entre abril e outubro contribuído com a maior fatia e com uma taxa de ocupação média de 85%.

O gestor frisou ainda que todos os mercados emissores cresceram, e a Alemanha e o Reino Unido foram os que mais se destacaram, apesar do nacional ser ainda “o mais importante” para a cadeia hoteleira, com um contributo de 250 mil hóspedes e um total de 30% dos clientes Vila Galé em 2016. No geral, o número de noites vendidas foram 940 mil. “Já o preço médio por quarto melhorou cerca de 7%”, referiu ainda.

Do outro lado do Atlântico, o Brasil “não está tão positivo, mas acabou por não ser mau”. Em termos de receitas teve um incremento de 6%, com o mercado interno a ser responsável pelas vendas em 90%, seguindo-se os mercados argentino e português. A faturação total foi de 260 milhões de reais (mais de 76 milhões de euros), com um “crescimento mais visível nos resorts do que nos hotéis de cidade”.

Para este ano em Portugal as perspetivas “são positivas”. Embora ainda refira que seja “demasiado cedo para fazer prognósticos”, Gonçalo Rebelo de Almeida concluiu que nas primeiras três semanas de janeiro “a média de reservas já era superior em 8% em relação ao período homólogo do ano passado”.

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