A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) considera urgente a reabertura das fronteiras e espera que o plano de retoma para o turismo anunciado pelo Governo invista na promoção do destino e reforce a capitalização das empresas. Estas propostas integram o Plano ‘SOS Hotelaria’ da AHP, que visa assegurar a sobrevivência da Hotelaria, a atividade do Turismo que apresentou a maior quebra de receitas.
Em linha com a recente proposta da Comissão Europeia, que recomenda aos Estados-membros que permitam a realização de viagens por razões não essenciais para todas as pessoas vacinadas, com teste Covid-19 negativo e provenientes de países com uma boa situação epidemiológica, a AHP considera urgente que Portugal reabra as fronteiras aéreas de forma a permitir a retoma da atividade turística.
“Aguardamos que o Governo levante as medidas restritivas do tráfego aéreo nas condições propostas pela Comissão Europeia. Quase 90% dos nossos turistas chegam por via aérea e esta é uma condição essencial para o início da recuperação da hotelaria e do Turismo em todo o território nacional”, afirma Raul Martins, presidente da AHP.
No âmbito do Plano ‘SOS Hotelaria’, que a AHP apresentou ao Governo no início deste ano e que integra um conjunto de medidas urgentes para salvar a hotelaria portuguesa, o presidente da associação reitera ainda a urgência de avançar com um programa de promoção para o destino Portugal, que inclua campanhas de divulgação e incentivo ao consumo de Turismo interno e externo, aumento da presença online e offline do Turismo de Portugal sobretudo nos mercados estratégicos e centralização das taxas turísticas no desenvolvimento de campanhas de promoção das cidades, entre outras medidas.
A AHP lembra que a Hotelaria é das atividades mais afetadas pela pandemia, com quebras de quase 80% nas receitas, alojamento e outros (F&B, Spas e ginásios, eventos, etc), o que representa uma perda de 3.6 mil milhões de euros. “É necessário reforçar os instrumentos de capitalização para as empresas, que se encontram em grandes dificuldades para pagar dívidas e juros. Se isso não acontecer, elas não terão capacidade para investir, criar emprego ou sequer sobreviver”, garante Raul Martins.