“Não há plano B a um aeroporto no Montijo”, quem o garantiu foi o CEO da ANA – Aeroportos de Portugal, Thierry Ligonnière, no decorrer do 32º Congresso da Hotelaria e Turismo, a ter lugar até dia 12 de novembro, em Albufeira.
O dirigente aeroportuário garante que, caso esta opção seja chumbada, “é preciso avançar com um novo projeto de aeroporto e um novo estudo de impacte ambiental, o que são pelo menos dois anos”.
Os players do setor do turismo reivindicam a resolução imediata do aeroporto completar de Lisboa para que o turismo possa continuar a crescer, assim que o país e o mundo recuperem da crise causada pela pandemia do Covid 19 mas, com o pedido de Avaliação Ambiental Estratégica, por parte do Governo, em março deste ano, estão agora três opções em cima da mesa. A primeira, e mais antiga, tem a Portela como aeroporto principal e o Montijo como complementar, já a segunda estuda o oposto, com o Montijo como principal e a Portela como complementar e, por último, um novo projeto, com Alcochete a ficar com o único aeroporto da região de Lisboa. Segundo as perspetivas do Governo, a entrega deste documento será para 2023, atrasando, desde já, o novo aeroporto, seja ele onde for, em pelo menos mais dois anos, antes de ser começado a construir.
Thierry Ligonnière defende que “o Montijo é a melhor, mais rápida e mais barata solução, além da que apresenta menor impacto ambiental” e assegura que a ANA tem tudo “preparado para avançar de imediato com esse investimento”.
O CEO da ANA afirma que se está a falar de um investimento de “centenas de milhões de euros para a economia nacional” e num “novo atraso de mais três ou quatro anos” até se conseguir chegar a uma decisão definitiva.
“Temos vontade de investir, temos o projeto pronto. Obviamente que para uma solução mais cara vai ser mais difícil encontrar soluções de financiamento”, alertou.
Sílvia Guimarães, no 32º Congresso da Hotelaria e Turismo, a convite da AHP