Jorge Ponce de Leão afirma que é do processo de privatização da ANA que mais se orgulha enquanto presidente do Conselho de Administração da ANA Aeroportos de há quatro anos a esta parte. Embora considere que sem no novo aeroporto do Montijo, nos próximos três anos, a competitividade de Lisboa irá agravar-se ainda mais, o responsável não aceita o fato de muitos afirmarem que o aeroporto da capital está quase lotado. A Viajar esteve à conversa com o gestor.
Viajar – O novo Aeroporto de Lisboa tem vindo a ser tema adiado de vários governos. O projeto Montijo é mesmo para avançar?
Jorge Ponce de Leão – O senhor ministro das Infraestruturas anunciou que até ao final do Verão se pronunciaria sobre o tema. Aguardemos mais algumas semanas.
Como está a ANA a conseguir gerir a quase lotação do Aeroporto de Lisboa?
O Aeroporto de Lisboa não está “quase” lotado como afirma. Existem picos temporais em que se atinge o máximo de capacidade de movimentos, como em qualquer aeroporto de uma capital europeia. Mas existem ainda muitos “slots” horários por preencher e que são objeto de atenção por parte dos serviços de marketing aeroportuário da ANA.
Se o novo aeroporto não estiver construído até daqui a três anos, Lisboa conseguirá manter a competitividade em relação a outras congéneres europeias?
Já hoje temos problemas de competitividade dado que o crescimento da operação se está fazer em grande parte em estacionamentos remotos degradando a qualidade de serviço que gostaríamos de prestar. Em três anos, sem Montijo, a situação ter-se-á naturalmente agravado.
Crescimento a dois dígitos mas não para Lisboa
Tornou público há alguns meses que o Aeroporto Humberto Delgado ultrapassou os 20 milhões de passageiros em 2015. O que perspetivam para 2016 nos vários aeroportos?
O crescimento do Aeroporto de Lisboa será progressivamente menor em termos percentuais do que os restantes. Porto, Faro, Madeira e Açores todos irão, ao contrário de Lisboa, crescer a dois dígitos. Em termos acumulados, o Aeroporto de Lisboa processou no primeiro semestre deste ano 9.925.659 passageiros comerciais (+7,3%) e 83.028 movimentos de aeronaves (+8,4%). Verificou-se um crescimento de passageiros nos segmentos de tráfego tradicional (+4,4%), low cost (+17,6%) e não regular de passageiros (+10,8%).
Leia a entrevista completa na edição de setembro (nº 353) da VIAJAR – Disponível online (aqui)
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