A Madeira tem vindo a consolidar a sua posição de destino-estrela em termos de Taxa de Ocupação no panorama nacional e 2016 foi um ano em que a região atingiu números recordes neste indicador, tendo ultrapassados os 80%. Esta conclusão é do AHP Tourism Monitor, apresentada durante a conferência “A Hotelaria no Funchal – Balanço & Perspetivas”, realizada na Câmara Municipal do Funchal, no dia 23 de fevereiro, onde a AHP fez uma análise da evolução do setor nos últimos 10 anos.
Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, afirma que “é muito interessante analisar a evolução da hotelaria na Região Autónoma da Madeira. O crescimento dos vários indicadores tem sido notório e são claramente resultado de uma aposta forte dos vários players do setor e de uma contínua reinvenção do destino, tido como um dos melhores destinos insulares do mundo. Tanto que estão em pipeline sete unidades hoteleiras na Madeira com abertura prevista para 2017, entre novas ofertas, remodelações e ampliações”.
A comparação com a média da hotelaria nacional no mesmo período, mostra que a taxa de ocupação é constantemente superior na Madeira, tendo ultrapassado os 80%, em 2016, pela primeira vez nos últimos 10 anos.
Por outro lado, de acordo com a análise da AHP, este destino é bastante menos afetado pela sazonalidade, uma tendência que veio a consolidar-se mais recentemente, com uma taxa de ocupação em época baixa a rondar os 60%.
Por último, salienta-se o crescimento da taxa de ocupação na Madeira nas categorias de 5 e 3 estrelas a registarem em 2016 as evoluções mais positivas, 5.8p.p. e 8.4p.p., respetivamente, face a 2015.
Na Madeira, o preço médio por quarto ocupado apresenta vários “picos” por ano, por oposição à média nacional, que revela apenas uma época alta, o que se traduz num aumento do ARR neste destino de 4,8% no ano de 2016.
Também neste indicador, o destaque é para categoria de 5 estrelas que cresceu 10% em 2016 face ao período homólogo, impulsionando o aumento sustentado da média de preços de quartos ocupados de todas as categorias.
Também o REVPAR tem subido de forma consistente e muito expressiva nos últimos anos, crescendo 12% em 2016 face a 2015, alavancado sobretudo pelas unidades de 5 e 3 estrelas, que cresceram 18% e 17% em 2016, como consequência do crescimento na TO e ARR acima referidos.
As unidades hoteleiras da Madeira não se distinguem somente em taxa de ocupação, sendo de notar que o GMTH é o dobro da média nacional, tendo ultrapassado os 280€ em 2016. Neste indicador salienta-se o desempenho das 4 estrelas com um crescimento de 11% em 2016 face ao período homólogo.
É também na estada média na hotelaria da Madeira que reside o primeiro lugar do pódio com 5,9 dias em 2016. A estada média da Madeira é a maior de todos os destinos turísticos nacionais.
Em 2016, identificam-se o mercado alemão, seguido do britânico, do francês (apesar de evidenciar um decréscimo face a 2015) e o mercado interno como os principais mercados emissores para os hotéis da Madeira. De salientar crescimentos superiores a 25% no mercado norte-americano e o nos mercados do norte da europa, com destaque para o dinamarquês.
As dormidas por canal de distribuição na região da Madeira resultam em mais de 70% das agências/operadores turísticos.
No seguimento da apresentação do balanço do ano na Madeira, o Gabinete de Estudos e Estatísticas da AHP apresentou a ferramenta de recolha de dados da Hotelaria nacional, o AHP Tourism Monitor, que está na base deste trabalho de recolha e análise. Os presentes, entre os quais responsáveis de unidades hoteleiras, tiveram a oportunidade de ficar a conhecer as mais-valias destas ferramentas e a forma de aderir às mesmas.