A partir de hoje, o Aeroporto de Faro passa a denominar-se Aeroporto Gago Coutinho, em homenagem ao almirante nascido em São Brás de Alportel, no Algarve, que realizou a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, numa viagem entre Lisboa e o Rio de Janeiro, em 1922.
A cerimónia oficial de redenominação do aeroporto foi presidida pelo Primeiro-Ministro António Costa, numa celebração que contou com as presenças do Ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, dos Chefes de Estado Maior da Armada, Força Aérea e Exército, autarcas e titulares de cargos políticos da região e entidades nacionais da aviação civil e comercial. Esteve também presente o CEO da VINCI Concessions e Presidente da VINCI Airports, Nicolas Notebaert.
Em ano de celebração dos 100 anos desse marco histórico da aviação, importa sublinhar que um dos fatores decisivos para o sucesso desta viagem foi a invenção, por Gago Coutinho, de um aparelho de navegação aérea – um novo tipo de sextante – que por se ter revelado eficaz na navegação entre o Rio Tejo e a Baía de Guanabara, acabou depois a ser utilizado nas décadas seguintes na indústria aeronáutica.
A denominação oficial deste aeroporto foi aprovada pelo Governo em Conselho de Ministros no passado mês de junho, tendo a iniciativa surgido de um movimento de cidadãos.
A travessia de hidroavião que se completou há 100 anos teve início no Rio tejo, em Lisboa, a 30 de março de 1922 e completou-se, na Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, em 17 de junho. O Almirante Gago Coutinho foi o navegador dessa aventura de 4500 milhas náuticas (8300 quilómetros). A pilotar o hidroavião estava o comandante Sacadura Cabral.
Para o presidente da VINCI Airports, Nicolas Notebaert, “esta é uma homenagem merecida, porque se trata de celebrar um homem da região que fez história na aviação mundial. Por isso, é justíssimo que o Aeroporto de Faro homenageie o almirante Gago Coutinho, tendo em conta que esta é uma infraestrutura muito relevante para a região e para o país, onde já investimos mais de 100 milhões de euros e continuamos a investir. Um dos mais recentes investimentos foi a construção de uma central fotovoltaica. É a primeira num aeroporto de Portugal, onde planeamos construir mais 6, colocando na próxima década os aeroportos portugueses na vanguarda da sustentabilidade ambiental. Desta forma, reafirmamos o nosso compromisso com o país e com todas as regiões onde temos aeroportos e deixamos, mais uma, vez a garantia que vamos continuar a trabalhar, em conjunto com as regiões, para estreitar distâncias e ligar pessoas e culturas.”