AHP reúne com representantes da Expedia Group

A AHP – Associação da Hotelaria de Portugal reuniu, no dia 3 de junho, com a Expedia Group, uma das principais plataformas em linha de viagens (OTA), depois de na semana anterior ter reunido com a Booking.com.

Nesta, que foi a segunda reunião no período da pandemia COVID 19, entre as duas entidades estiveram, em representação da AHP, Cristina Siza Vieira, Bernardo d´Eça Leal e Alexandre Marto Pereira, CEO e vice-presidentes da Associação, respetivamente; e, em representação da Expedia Group, Celia Casadome, Head of Market Management, Rosa Bayo Alvarez, Diretora de Corporate & Government Affairs, e Miguel Poças, Area Manager.

A Expedia anunciou ter lançado um “Programa de Recuperação” com 275 milhões de dólares alocados à retoma, sendo $250 milhões destinados a  apoiar os hoteleiros que trabalham com esta OTA através de programas e investimentos de marketing; maior visibilidade nos sites do Grupo Expedia e alívio financeiro,  no sentido de os ajudar a reabrir as suas unidades, atrair clientes e otimizar o cash flow das empresas; e $50 milhões para a promoção dos destinos em articulação com os parceiros locais. Uma outra medida que anunciaram foi a de alargamento do prazo de pagamento das comissões à Expedia, nas reservas futuras, para 90 dias.

Estando ainda em aberto o modelo concreto que será implementado em Portugal, os representantes desta plataforma comprometeram-se a reunir de novo com a AHP para partilharem esse desenvolvimento, as condições criadas para o nosso País e mais especificamente o modo como se propõem operacionalizar a linha de crédito em marketing na plataforma.

Cristina Siza Vieira, CEO da AHP, destacou que “é inquestionável que as parcerias entre Hotéis e OTAs são fundamentais, e o sucesso de uns é o sucesso de todos. Por isso reunimos periodicamente com os principais operadores no mercado. Era bom que outras plataformas tivessem também preocupações com a retoma e com o equilíbrio entre as partes, até porque o setor passa hoje, e vai continuar a passar, um momento muito delicado e difícil. Aliás, como revelou o nosso inquérito à Hotelaria, apresentado no dia 4 de junho, 2020 é um ano perdido para o setor, com quebras de receitas na ordem dos 75% e uma ocupação média que não deverá ser superior a 30%.”

De recordar que a Associação da Hotelaria de Portugal reuniu com a Booking, em 25 de maio, e aguarda uma resposta desta entidade relativamente às duas propostas que a Associação apresentou. A primeira passa por criar uma conta corrente com os hotéis/alojamentos parceiros, relativamente às devoluções que a Booking fizer aos clientes e ir abatendo esse crédito aos alojamentos nas reservas/estadias futuras. Em segundo lugar, quando tal não seja possível, alargar prazos para debitar as devoluções aos hoteleiros de 60/90 dias (que a Booking diz ser o prazo médio atual) para 150/180 dias.

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