Melhorar as infraestruturas, aumentar a estada média, criar mais e melhores recursos humanos e capacitar as empresas de mais capacidade de investimento, foram os quatro desafios avançados pela nova secretária de Estado do Turismo (SET), Rita Marques, para o seu mandato, naquele que foi o seu primeiro discurso público desde a tomada de posse.
A governante, que falava, esta quinta-feira, na sessão de abertura do 45º Congresso da APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, começou por afirmar que no que toca às infraestruturas existem três desafios: “a melhoria das infraestruturas existentes, a capacitação dos agentes que gerem essas mesmas infraestruturas e, não menos importante, os operadores que as utilizam”.
Para Rita Marques é ainda fundamental “saber trabalhar com os operadores aéreos, incentivando-os a diversificar rotas e a trazer turistas para Portugal”, mas admitiu que este é “um trabalho complexo que envolve uma negociação diária, envolvendo vários stakeholders, público-privados, também no Turismo de Portugal”.
Segundo a secretária de Estado, é necessário que “as infraestruturas turísticas que valorizem a oferta”, sobretudo porque a “permanência média de quem nos visita é de 2,6 noites” e “temos que fazer um esforço para que esta média aumente”.
Desta forma, Rita Marques considera que “Portugal tem muito para visitar e para ver e é muito importante que, quer a oferta de alojamento, quer a oferta cultural, exista não só nas cidades, mas em outras geografias, incentivando o turista a percorrer Portugal de lés-a-lés”.
Outro dos desafios por si apontados foi a capacidade de investimento das empresas. “É mais que notório que as empresas agudizam a nível fiscal. O ministro da Economia tem referido a necessidade de procedermos ao alívio fiscal. Ter um sistema fiscal mais justo é importante para que possa potenciar maior investimento também no Turismo”, enalteceu.
O fator qualitativo e diferenciador dos recursos humanos no setor foi o último desafio apontado pela SET. “Fala-se da qualidade destes recursos humanos, da capacitação dos mesmos, dos jovens, dos menos jovens e da valorização das carreiras, mas a quantidade também é importante. Temos de atrair jovens para estas profissões, capacitando, em paralelo, aqueles que já estão connosco e capacitando os empresários que trabalham com os respetivos recursos diariamente”, terminou a governante.
*A VIAJAR MAGAZINE no Funchal a convite da APAVT