TAP espera chegar aos 90% da atividade de 2019 já no próximo verão

A TAP, tal como todo o setor, apenas deverá atingir os níveis de atividade que existiam antes da pandemia em 2023. Para este ano a companhia aérea de bandeira manifesta um “otimismo cauteloso”, apesar de prever uma recuperação bastante satisfatória, sobretudo nos meses de verão, onde espera atingir os 90% dos resultados obtidos em 2019 e estando, para isso, em processo de recrutamento de 250 tripulantes de cabine.

Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP, afirmou esta manhã, em conferência de imprensa, em Lisboa, “no primeiro semestre de 2021 registou no início desafios operacionais relacionados com a pandemia, já a capacidade e a procura recuperaram bastante bem no segundo semestre”, sendo que a transportadora anunciou prejuízos recorde avaliados em quase 1,600 milhões de euros, apesar de afirmar ter atingido as metas do seu plano de reestruturação.

Em relação às expetativas positivas para este ano, nem tudo é favorável. Segundo a CEO, ainda se vive uma “grande volatilidade a nível global”, dado que “não se consegue prever para onde irá evoluir a Covid-19, assim como a guerra na Ucrânia, dado que para nós o que está a acontecer a Leste implica um aumento significativo do custo dos combustíveis, tal com tem impacto nas taxas de câmbio e na inflação”.

Para fazer face a este aumento do preço dos combustíveis e à incerteza em relação à pandemia, a companhia aérea portuguesa vai continuar com a política de cobertura do jet fuel, que iniciou no final do ano passado, com contratos de hedging, fixando os preços pagos pelas transportadoras aéreas durante um determinado período de tempo.

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