“Turismo: A Oriente, tudo de novo!” é tema do 43º Congresso da APAVT

O 43º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que se realiza em Macau, entre os dias 23 e 27 de Novembro, vai ter como tema “Turismo: A Oriente, tudo de novo!”. A apresentação do tema e logotipo teve lugar, esta terça-feira, em Lisboa, e contou com a presença de Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau, entre outros responsáveis do turismo português e macaense.

Para Pedro Costa Ferreira a escolha do tema prende-se com o facto de Macau ser “hoje um furação económico, montra de um vendaval de transformação que nos é trazido pela era da tecnologia, tecnologia que será tratada de forma particularmente relevante no nosso congresso”. Por outro lado, considera que “o Oriente é já o maior mercado emissor mundial e será mais cedo ou mais tarde um novo descobrimento de Portugal enquanto destino turístico”. E deixou o repto que “será em Macau que voltaremos a olhar para o futuro das agências de viagens, alicerçados na apresentação do estudo solicitado ao escritório do Professor Augusto Mateus e Associados. Um futuro que, como sempre, se nos apresenta com enormes desafios, mas ainda e sempre pleno de oportunidades, relacionadas com a capacidade de criação de valor que temos sabido integrar na cadeia de distribuição”.

Para Pedro Costa Ferreira, Macau é “uma cidade que representa hoje toda uma centralidade económica mundial que se move em direção ao Oriente, uma verdadeira janela para a mudança económica estrutural que se anuncia e, sobretudo, que já se perceciona”.

O responsável deixou presente que esta edição do congresso da APAVT já contava com mais de 350 inscritos mesmo antes da sua apresentação formal.

Macau foi já palco de congressos da APAVT por outras quatro vezes tendo a última ocorrido em 2008.

Maria Helena de Senna Fernandes espera, no entanto, que a agora quinta edição do congresso naquele território chinês venha a conseguir superar as anteriores. Relembrando que Macau é hoje um território muito diferente do conhecido em 2008, a profissional afirma que “a organização de quatro congressos em três décadas permitiu manter viva a ligação dos operadores turísticos portugueses a Macau” e defende que agora “é uma boa altura para mostrar aos agentes de viagens os novos produtos e a transformação que continua em marcha em Macau”.

Para demonstrar que estamos perante uma cidade e um território que sofreu uma enorme evolução na última década, Maria Helena de Senna Fernandes apontou que o número de visitantes em Macau aumentou de 23 milhões em 2008, para 31 milhões em 2016, assim como o número de quartos passou de cerca de 18 mil em 2008, para 36 mil em 2016.

A responsável acredita que o congresso da APAVT irá “dinamizar os fluxos turísticos entre o interior da China e Portugal, com a abertura da nova rota” que irá iniciar a 26 de junho, ligando diretamente Lisboa a Pequim.

Realçando o papel fundamental de Pedro Costa Ferreira para “promover uma relação mais estreita entre os operadores e Macau, Maria Helena de Senna Fernandes diz estarem certos que irão “ter mais pacotes turísticos a surgir no mercado e mais visitantes portugueses em Macau, melhorando os bons resultados de 2016”, ano em que receberam de 15 mil visitantes portugueses, num aumento de mais 3% em relação ao ano transato. “Este ano, já registámos um subida de 10% nos primeiros quatro meses”, quando comprando com o mesmo período de 2016”.

“Realizar o congresso em Macau representa a chave de ouro com que vamos terminar este grande ano nas relações entre Portugal e a China”, começou por dizer Ana Mendes Godinho na sua intervenção. Destacando o voo que irá começar em breve e as diversas ações que o governo português tem conseguido para a promoção de  Portugal na China, a governante referiu que em 2016 “recebemos 180 mil turistas chineses em Portugal e estamos com um crescimento de 20%. Estou certa que, com esta nova ligação direta, o futuro irá abrir-se completamente na dinamização dos fluxos entre os dois países”.

“Num ano em que estamos a realizar diversas ações de promoção na China e a estabelecer acordos com empresas chinesas, temos ouvido falar muito de Macau. É uma porta fantástica de entrada para os portugueses, mas também uma porta de saída dos chineses para Portugal. Aproveitemos todos o momento para que seja uma forma de consolidar e operacionalizar relações comerciais com operadores chineses”, concluiu a secretária de Estado.

 

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