Turismo decisivo para o crescimento do PIB, do emprego e das exportações

O PIB no 1º trimestre de 2017 registou um crescimento homólogo de 2,8%, o mais elevado dos últimos 2 anos, e que reflete a aceleração mais acentuada das Exportações face às Importações de Bens e Serviços, onde o setor do Turismo é decisivo, pois só no acumulado de janeiro e fevereiro de 2017, o saldo da balança turística registou um crescimento homólogo de 16,3%.

Recorde-se que, no ano de 2016, e conforme divulgado no boletim económico de maio de 2017 do Banco de Portugal, as receitas turísticas contribuíram com 6,9% do PIB, continuando a tendência de subida que se tem verificado nos últimos anos. «Estes resultados no turismo contribuíram de forma decisiva para dinamizar o desempenho da economia do setor dos serviços, para o crescimento do emprego por conta de outrem e para a aceleração registada nas exportações», afirma Mário Pereira Gonçalves, presidente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

Para comprovar a relevância do Turismo no emprego nacional, os dados do INE sobre o emprego na Restauração e Alojamento no 1º trimestre 2017, registaram um total de 294.100 postos de trabalho, que representam um crescimento de quase 40.000 novos postos de trabalho (+39.700, sendo +30.500 na Restauração e +9.200 no Alojamento), a subida mais elevada desde 2011.

O crescimento homólogo de +39.700 postos de trabalho no setor da Restauração e da Hotelaria, no 1º trimestre de 2017, representou 27,4% do total do emprego criado a nível nacional.

O emprego criado no setor é cada vez mais qualificado: no 1º trimestre de 2017 registou-se um aumento de 35,2% dos trabalhadores com ensino superior a trabalhar no Canal HORECA. Só na Restauração, o aumento foi de 44,7%, e com remunerações acima das médias nacionais (Fonte INE).

Por sua vez, todos os trabalhadores do setor da Restauração e Bebidas e da Hotelaria que tenham o seu vencimento base referente à Remuneração Mínima Mensal Garantida (RMMG), para além dos 557€, recebem mais 121€ de alimentação, perfazendo um salário base mínimo, obrigatório, de 678€, 21,7% superior ao RMMG nacional.

Paralelamente, no quadro da Contratação Coletiva em vigor, existe um conjunto de remunerações complementares obrigatórias (o trabalho em dias de feriado, o trabalho noturno, o trabalho suplementar e o trabalho em dias de descanso, bem, como o prémio de línguas), que, cumulativamente, podem representar um acréscimo de remuneração na ordem dos 343,08€.

Ou seja, a Remuneração Mensal dos trabalhadores com salário mínimo do setor HORECA pode ascender aos 1.021,08€, ou seja, mais 83,3% do que os restantes setores de atividade, o que desmente frontalmente a ideia de que o Turismo é um setor de emprego menos qualificado e de salários mais baixos.

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