60 milhões de euros é a verba disponibilizada para o financiamento de projetos turísticos “distintivos e inovadores” através do protocolo assinado, esta quarta-feira, entre o Turismo de Portugal e 12 entidades bancárias, para a nova “Linha de Apoio à Qualificação da Oferta 2016”, que irá estar em vigor até 30 de dezembro de 2017.
Segundo Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, “esta linha de crédito é uma resposta às necessidades do setor, que precisa de capital intensivo” e é dirigida a “projetos de empreendedorismo que sejam distintos e inovadores”, assim como à “requalificação de empreendimentos turísticos” e ainda a projetos na área da restauração, serviços e animação turística. Por outro lado, o responsável garantiu que esta linha de crédito será dirigida a projectos que combatam a sazonalidade, que contribuam para a dinamização dos centro urbanos e aumentem a permanência média do turista em Portugal.
O limite máximo dos financiamentos será de 75%do investimento ilegível, embora com um limite máximo de investimento do Turismo de Portugal por projeto fixado em “2,5 milhões de euros” ou, caso seja uma candidatura que junte várias empresas, esse valor poderá chegar ao máximo de “3,5 milhões de euros”. Já o reembolso será de 15 anos, com carência de quatro.
Luís Araújo frisou que espera que “este protocolo seja uma realidade dentro de muito em breve para um grande número de empresas do Turismo” e deixou presente que atribuirão um prémio simbólico à instituição bancária que mais apoiar os projectos do setor.
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, que presidiu à cerimónia de assinatura do protocolo, que teve lugar esta tarde na BTL, destacou que este ano prevêem uma subida das receitas oriundas dos turistas estrangeiros que visitam Portugal para os 12 mil milhões de euros este ano, numa subida destacada dos valores de 2015, que firam nos 11,3 mil milhões de euros.
“Este é mais um exemplo do que se tem que fazer no turismo como em outras áreas. Não podemos esperar que seja o Estado a fazer aquilo que os empresários têm feito tão bem”, frisou o governante, opinando ainda que “o setor do turismo português é hoje de referência a nível mundial”.
O ministro destacou que “a procura turística portuguesa está em alta e não só em número, mas também em valor gasto”.
Caldeira Cabral pretende que “os turistas aproveitem melhor o País e que gastem mais em Portugal” e garante que é com os setores da hotelaria e restauração que irão continuar a aumentar as receitas e o emprego, reforçando o seu contributo para a melhoria da economia portuguesa.