O SITEMA – Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves está preocupado com o rumo que a TAP está a levar e afirmou, em comunicado, que “repudia e lamenta profundamente a decisão da administração da empresa de recorrer a fornecedores externos, que em alguns casos empregam técnicos de manutenção de aeronaves (TMA) despedidos pela TAP, para assegurar serviços de manutenção que poderiam ser prestados dentro da companhia”.
No passado mês de julho, os 666 TMA da TAP representados pelo SITEMA aceitaram a proposta da companhia aérea para regressarem ao regime de horário full time, pondo fim à greve às horas extraordinárias que estava em curso.
Os TMA veem, por isso, como uma traição o recurso a empresas externas para realizarem o trabalho de manutenção que podia estar a ser prestado dentro da companhia, poupando centenas de milhares de euros à TAP, ao Estado e aos contribuintes.
O SITEMA diz estar “preocupado com o rumo geral que a companhia aérea está a levar, perdendo clientes externos, ao mesmo tempo que envia trabalho para o exterior, prejudicando ainda mais a imagem da TAP no setor da aviação. Com esta situação, a TAP acaba por perder de duas formas: perde receita importante com a recusa de trabalhos para terceiros e perde com o pagamento que faz as empresas onde contrata trabalho que antes realizava na TAP”.
Apesar da contratação das empresas externas, a TAP continua a deixar sair para a concorrência técnicos qualificados e a manter TMA em processo de despedimento coletivo, quando está urgentemente a precisar deles.
O SITEMA “não compreende a razão de decisões contraditórias que só prejudicam a imagem da companhia e os seus trabalhadores, que nos últimos dois anos têm feito esforços enormes para tentarem ajudar a companhia a retomar o seu lugar de direito na aviação internacional”.
Este sindicato continua, contudo, “disponível para fazer parte da solução para que a TAP continue a ser considerada uma companhia de excelência, mas não deixará que o bom nome dos TMA seja posto em causa e tudo fará para que se reponham as condições de trabalho que lhes são devidas”.