No primeiro trimestre de 2016, os residentes em Portugal realizaram 3,7 milhões de deslocações turísticas. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados no Observatório da edição de julho da Revista Turismo de Lisboa, este valor representa um aumento de 0,8 por cento face ao primeiro trimestre do ano passado e um aumento de 5,3 por cento face ao quarto trimestre de 2015. Das 3,7 milhões de deslocações turísticas, 16,6 por cento são de longa duração, ou seja, com 4 e mais noites.
A principal motivação para viajar foi a “visita a familiares ou amigos”, justificando a ocorrência de 1,9 milhões de viagens (51,2 por cento do total). Por “lazer, recreio ou férias” realizaram-se 1,2 milhões de viagens, representando o valor de 33 por cento e por motivos “profissionais ou de negócios”, 408,7 mil, o que representa cerca de 11 por cento.
O “alojamento particular gratuito” voltou a ganhar expressão, agregando 72,9 por cento das dormidas enquanto que os “hotéis e similares” foram a escolha para 23,3 por cento das dormidas realizadas no trimestre.
Em junho, a ocupação média por quarto na cidade de Lisboa situou-se nos 84,82 por cento, com as unidades de 3 estrelas a destacarem-se ao registarem um aumento de 2,5 por cento face ao período homólogo de 2015. No preço médio por quarto vendido (Average), há um ligeiro crescimento face ao período homólogo, com 95,58 por cento registados em 2016 face aos 95,55 por cento de 2015. No acumulado de janeiro a junho, todas as unidades registam um decréscimo, com um valor médio de 72,13 por cento de 2016 face ao 72,68 por cento alcançado em 2015 e uma taxa variável de 0,8 por cento.
Já no preço médio por quarto disponível (RevPar), as unidades de 3 e 4 estrelas registaram um crescimento significativo durante o mês de junho, quando comparado com o período homólogo. As unidades de 3 estrelas registam uma taxa média de variação de 5,6 por cento, que se traduz em 59,66 euros e as de 4 estrelas registam uma taxa média de variação de 1 por cento, que se traduz em 69,11 euros. O acumulado de janeiro a junho acompanha esta tendência, com todas as unidades a registarem uma subida, que se traduzem num preço médio de 62,81 euros e uma taxa variável média de 4,6 por cento.
Grande Lisboa
Por outro lado, na região da grande Lisboa, em junho, as unidades de três estrelas destacam-se ao registarem crescimento na ocupação por quarto, com 86,79 por cento face aos 85 por cento do período homólogo em 2015. No acumulado de janeiro a junho, as unidades de 3 e 4 estrelas registaram subidas face ao ano anterior, com a unidades de 3 estrelas a alcançarem um aumento de 2,3 por cento e as unidades de 4 estrelas a registarem uma variação positiva de 1 por cento. No Average registou-se um aumento em todas as categorias das unidades hoteleiras durante o mês de junho, o que se traduz numa média de 92,79 euros. O acumulado de janeiro a junho acompanha esta tendência, com todas as unidades hoteleiras a registarem valores positivos quando comparadas com o período homólogo de 2015, apresentando um valor médio de 83,89 euros, face aos 80,11 euros de 2015, e uma taxa de variação positiva de 4,7 por cento. No RevPar, as unidades hoteleiras de 3 e 4 estrelas acompanham a tendência ao voltarem a apresentar valores positivos (57,18 euros e uma taxa de variação de 7,4 por cento nas unidades de 3 estrelas e 63,42 euros com uma taxa de variação de 1,1 por cento para as unidades de 4 estrelas). Já no acumulado de janeiro a junho, todos os indicadores registam valores positivos, com um valor médio de 57,51 euros.
Cruzeiros e golfe
No mês em análise, o Porto de Lisboa registou 22 escalas de navios cruzeiro, com um total de passageiros de 37.019, sendo destes 6.081 em turnaround e 30.938 em trânsito. Estes valores revelam um aumento face aos números do período homólogo de 2015, onde se regista uma variação positiva de 57 por cento para o número de navios, 59,2 por cento para o número de passageiros totais, 34,7 por cento para os passageiros em turnaround e 65 por cento para os que se encontram em trânsito.
Nos campos de golfe da Região de Lisboa foram realizadas 15.061 voltas com os portugueses a dominarem novamente a liderança com 6.919 voltas, seguidos pelos ingleses que realizaram 3.079 voltas. Neste período, realizou-se uma média de 55,7 voltas por dia, registando-se uma subida de 7,2 por cento, face ao período homólogo do ano anterior. Também em relação aos sócios há um registo positivo de 24,1 por cento face ao período homólogo do ano anterior de 19,3 por cento e uma taxa de variação de 25 por cento. O mesmo acontece com o número de voltas realizadas por dia no acumulado de janeiro a junho ao registar 23,5 voltas face às 19,6 do mesmo período homólogo de 2015, o que representa uma variação de 19,9 por cento.