A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) está preocupada com o crescimento do turismo em Lisboa, sobretudo entre 2018 e 2012, altura em que afirma que o aeroporto da capital já terá esgotado toda a sua capacidade.
Num encontro com os jornalistas, que teve lugar, esta terça-feira, em Lisboa, Raul Martins, presidente da associação, e Cristina Siza Vieira, presidente-executiva, afirmaram que já estiveram reunidos com a ANA Aeroportos, entidade à qual propuseram algumas soluções que consideram “exequíveis”. Raul Martins afirma que “aumentar a capacidade dos aviões” poderá ser uma das soluções, dado que permite o transporte de um maior número de passageiros. Por outro lado, avançou com a hipótese da TAP “repensar no Porto como plataforma para voos intercontinentais”. O responsável afirmou que “muitos passageiros que desembarcam em Lisboa acabam por não ficar na cidade é isso tem que ser compensado”. Depois acredita que “a utilização do horário noturno deve ser mais cuidado”, dado que só assim defende que poderá haver uma “otimização dos horários dos voos”.
Cristina Siza Vieira avançou que “no dia 5 de maio” tiveram uma reunião com a ANA na qual lhes foi dito que “está para aprovação um plano de contingência, na terra e no ar”, que visa responder a esta saturação do Aeroporto de Lisboa até à inauguração do novo terminal do Montijo, lá para o final de 2021.
Raul Martins garante que o próximo passo será chegarem à fala com a TAP, mas considera fundamental o governo intervir, dado que a companhia aérea de bandeira tem participação estatal.
Para este ano está prevista a abertura de 41 unidades hoteleiras para todo o país e mais 42 para 2018, sendo que algumas serão em Lisboa, o que preocupa ainda mais a associação representante dos hoteleiros.