EasyJet apresenta Airbus A320neo e critica falta de slots em Lisboa e no Porto

José Lopes, diretor da easyJet para Portugal

A companhia aérea low cost easyJet apresentou esta quinta-feira, 25 de janeiro, no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, um dos quatro novíssimos Airbus A320neo, que estão já ao seu serviço e que vão reduzir em 15% as emissões de CO2 e 50% do ruído durante a aterragem e descolagem do avião. Nos próximos cinco anos, 100 aeronaves A320neo e A321neo serão entregues à companhia, garantiu José Lopes, diretor da easyJet para Portugal, aos jornalistas.

A320neo, easyJet

Segundo o mesmo responsável, nos próximos meses entrarão ao serviço mais quatro A320neo e entre junho e julho será a vez do A321neo chegar também à easyJet. Uma aeronave com 235 lugares, que José Lopes sublinha ser destinada a “rotas densas e aeroportos lotados”.

“Com a apresentação do novo easyJet A320 neo em Portugal queremos comemorar a possibilidade de continuarmos a contribuir para a redução de CO2 e a nossa missão de sermos mais sustentáveis na nossa operação. Estamos focados no nosso objetivo de atingir os 77 gramas por quilómetro percorrido por passageiro até 2020. Através destes novos modelos Airbus, com um desempenho bastante eficiente, foi-nos possível reduzir um terço do impacto do carbono, desde o ano de 2000 e estamos entusiasmados com o futuro”, disse ainda o diretor da companhia para Portugal.

Dificuldades aeroportuárias impedem crescimento maior da companhia

José Lopes aproveitou ainda a ocasião para fazer o balanço da operação da easyJet para Portugal, revelando que em 2017 foram transportados seis milhões de passageiros. Com duas bases em Lisboa (5 aeronaves baseadas e 21 rotas) e Porto (3 aeronaves baseadas e 13 rotas), o diretor da easyJet para Portugal revela que os “20% de crescimento no inverno” registado o ano passado, será apenas de “3% no inverno de 2018, por falta de slots”. Um problema que se aplica a Lisboa, mas que também atinge já o Aeroporto Francisco Sá Carneiro: “Pedimos 2000 slots para o verão de 2018 e apenas conseguimos 40”.

Para aquele responsável é “urgente a implementação de medidas que permitam continuar a crescer em Lisboa, até que a solução Montijo esteja implementada (2021/2022), como o fecho imediato da pista 17/35, aquisição e implementação do novo software na NAV, merge point approach, utilização de LIDAR para redução eficiente de separações; Estimular uma utilização mais eficiente da capacidade aeroportuária existente, por forma a maximizar o tráfego, sem perder oportunidades no curto prazo, impondo uma estrutura tarifária que incentive claramente a eficiência com operações com aeronaves mais ecológicas e silenciosas e um maior peso nas taxas sobre aeronave do que por passageiro, para recompensar taxas de ocupação mais elevadas”.

Questionado sobre a hipótese da easyJet abandonar Portugal por estes constrangimentos aeroportuários, José Lopes responde que essa ideia não se coloca, mas que não lhes permite avançar com novas rotas à partida de Lisboa ou Porto, uma vez que os aeroportos estão lotados.

Sem problemas, no entanto, estão as operações nos aeroportos do Funchal e Faro, que continuam a crescer e onde recentemente a companhia apresentou até novas rotas.

O diretor da esayJet espera este ano comemorar o passageiro 50 milhões, uma vez que em 2017 registaram no total 47 milhões de passageiros transportados desde 1998, ano em que começou a operar em Portugal.

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