CTP apresenta “Roteiro para a Competitividade” e defende criação de Ministério do Turismo

A Confederação do Turismo Português (CTP) assinalou esta quarta-feira, 27 de setembro, o Dia Mundial do Turismo com a apresentação de o projeto “Turismo em Movimento – Roteiro para a Competitividade”, desenvolvido em parceria com a PwC, para alcançar novas condições de competitividade do Turismo em Portugal.

Este roteiro, que já tinha sido lançado na III Cimeira do Turismo no ano passado, foi agora apresentado no The Yeatman Hotel, em Vila Nova de Gaia, num evento que contou com as presenças do Primeiro-Ministro, António Costa, o Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral e a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, entre outras personalidades.

“Prestes a entrar no último trimestre, já podemos garantir sem pecar por excesso que 2017 ficará para a história como o ano em que o Turismo cresceu em todos os indicadores – dormidas, hóspedes, proveitos, regiões, mercado interno e mercado externo. E a região Porto e Norte é um extraordinário exemplo desse sucesso. Os últimos dados do INE indicam que a região regista, em valores acumulados a julho, 2 milhões e 272 mil hóspedes e mais de 4 milhões dormidas, o que representa um aumento de 8,2% face ao ano anterior”, começou por frisar Francisco Calheiros, presidente da CTP.

Este roteiro foi desenvolvido ao longo dos primeiros oito meses deste ano, envolvendo a CTP e PwC com os principais stakeholders das sete regiões de Turismo, em debates realizados nas referidas regiões.

“O que pretendemos com este roteiro é contribuir para a implementação de estratégia nacional para o Turismo, a partir de uma base de trabalho sólida, sistematizada e desenvolvida em diálogo permanente com os agentes nacionais e regionais”, sublinhou Francisco Calheiros, durante a apresentação do projeto, acrescentando que o Turismo “é uma atividade económica essencial ao desenvolvimento da sociedade e, como tal, exige uma política que lhe garanta competitividade e sustentabilidade. E essa política só será bem-sucedida se resultar de um processo de trabalho participativo e mobilizador, que envolva e concilie realidades nacionais e regionais.»

O roteiro identificou os principais desafios nacionais e regionais que se colocam à atividade turística. Entre os primeiros está a necessidade de reforçar o Turismo na macroestrutura do Estado, de aprofundar a participação dos privados nas decisões públicas e de apostar na formação e requalificação dos recursos humanos, de forma a constituir um ativo diferenciador e decisivo para a qualidade e autenticidade da experiência do turista.

A evolução para um sistema com custos menores para as empresas, com mais transparência, equidade e justiça na definição de taxas, desburocratização e desmaterialização dos processos, estão também entre as necessidades mais urgentes para tornar as empresas mais competitivas.

“O roteiro permite também concluir que o crescimento do Turismo no nosso país impõe um novo modelo de Governance que não se limite à gestão da atividade, mas que a liberte de constrangimentos e potencie toda a sua capacidade de gerar emprego e riqueza – para a CTP, isso só é possível com a criação de um Ministério de Turismo”, afirma Francisco Calheiros.

“Temos margem para crescer nos principais países emissores e, mais ainda em mercados de grande dimensão como os EUA, a China, o Japão e a Coreia. Falta-nos uma solução definitiva para garantir mais ligações aéreas, dado que o Aeroporto de Lisboa se encontra no limite da sua capacidade. Não podemos esperar mais nem adiar um problema que põe em causa o esforço e os muitos milhões de euros que foram investidos no Turismo”, disse ainda o mesmo responsável.

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