Eurostars Museum abre em dezembro com espólio museológico com mais de 8 mil anos

A cada canto se respiram mais de 8.000 anos de história, a mesma história que poderá ser “vivida” agora pelos hóspedes do novo Eurostars Museum, do Grupo Hotusa, que a 6 de dezembro, abrirá portas no número 40 da rua Cais de Santarém, em Lisboa.

Com classificação de cinco estrelas, esta unidade hoteleira, com o rio Tejo a seus pés, teve um investimento total de 23 milhões de euros e espera uma ocupação média de “70% no primeiro ano de operação”, conforme adiantou o diretor executivo do Grupo Hotusa, Luís Cruz.

Com 91 quartos, 11 deles suites, o Eurostars Museum terá um núcleo museológico ao longo de todo o hotel, que permitirá aos hóspedes contactarem com “tesouros incalculáveis”, que ao longo dos tempos se foram acumulando com a passagem de vários povos por este local.

A peça mais antiga data de 6.000 antes de Cristo, trata-se de uma estela com inscrições em fenício, numa homenagem de um filho na urna de seu pai. Mas como esta peça, outras mais foram descobertas pela equipa de arqueologia Neoépica, que de 2014 a 2016, tomou conta destes achados. Numa primeira fase, em 2004, a arqueóloga Ana Gomes do antigo IPPAR iniciou os trabalhos e em 2009, o Grupo Hotusa acabaria por adquirir as instalações daquilo que é hoje o novo Eurostars Museum.

“Quando comprámos o edifício já sabíamos que havia todas estas peças e ruinas de muralhas romanas, mas também é isso que procuramos quando construímos novos hotéis, que os hóspedes vivam o contexto onde estão inseridos”, sublinha Luís Cruz, acrescentando, que “apesar da demora em abrir o projeto nunca pensámos em desistir”.

Este, que outrora já foi o Palácio de Coculim viria a ser destruído com o grande terramoto de 1755. Em 1858 foi transformado em armazém de ferro pela família Sommer e mais tarde em escritórios da Empresa de Cimentos de Leiria, tendo permanecido assim até 1975, ficando depois em estado devoluto. Foi então que iniciando as obras de recuperação se foram dando conta de um verdadeiro manancial de peças e informações sobre Lisboa antiga.

Segundo o diretor executivo do Grupo Hotusa este espólio estará também disponível para visitas externas guiadas, aos domingos, da parte da tarde, sob um custo de 5€ por pessoa. Ao todo serão mais de 60 peças que estarão expostas, para além das escavações da antiga muralha e dois poços.

Para além de todas estas preciosidades, o hotel conta com um restaurante, onde será servida gastronomia tradicional portuguesa, mas com um toque de modernidade, uma vinoteca, um Spa com piscina interior e uma sala para tratamentos e massagens e ainda três salas de reuniões com capacidade até 70 pessoas e que rondam entre os 50 e os 75 metros quadrados.

Nos quartos, a decoração transporta-nos ao diário de Vasco da Gama e aos descobrimentos.

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