Dados definitivos referentes a 2016, publicados pelo INE – Instituto Nacional de Estatísticas, dão conta que Portugal recebeu 21,3 milhões de hóspedes nesse ano. Um recorde absoluto da atividade turística nacional e que representa um crescimento de 11,1% quando comparado com 2015, e que revê em alta alguns dos indicadores do INE até agora conhecidos.
Além do número de hóspedes, destaque para as dormidas que atingiram os 59,4 milhões (mais 11,6% face ao ano anterior) e para os proveitos totais que foram de 3,1 mil milhões de euros, o que espelha um aumento de 18,1%. Valores, que segundo um comunicado do Gabinete da Secretária de Estado do Turismo, Ana Godinho, “reforça uma das principais metas deste governo: crescer mais em valor do que em número de hóspedes.”
Os números agora publicados incluem, além da hotelaria, o turismo em espaço rural e de habitação e ainda o alojamento local com mais de 10 camas.
Os residentes em Portugal foram responsáveis por 17,5 milhões de dormidas (+7,8 do que em 2015), que representa 29,4% do total e os estrangeiros por 41,9 milhões, correspondendo a 70,6% do total de dormidas.
O crescimento fez-se sentir em todas as regiões, reforçando os resultados das políticas desenvolvidas para alargar a atividade turística a todo o território, destacando-se, no entanto, a evolução acumulada acima da média das dormidas nos Açores (+28,5%), no Norte (+14,1%) e na Madeira (+12,8%). Em termos de proveitos, os Açores foram igualmente a região que mais cresceu (+30,2%), seguindo-se o Norte (+22,9%), o Algarve (+20%), o Alentejo (+17,6%) e o Centro (+15,5%).
A taxa de sazonalidade situou-se, em 2016, nos 48,2%, tendo descido 1% face a 2015.
A nível internacional, o principal mercado emissor em 2016 foi o Reino Unido (9,5 milhões de dormidas), seguido da Alemanha (5,8 milhões), da França (4,4 milhões) e a Espanha (4,3 milhões).
Assistiu-se em 2016 a uma maior diversificação de mercados emissores, entre os quais se destacam os aumentos dos EUA (+23%), a Polónia (+20,3%), a França (+20%), a Suíça, (+19,1%) e o Brasil (+14,9%).
Em termos de receita, o mercado francês foi o que mais gastou (2,27 milhões de euros), seguindo-se o mercado do Reino Unido (2,26 milhões de euros) e Espanha (1,6 milhões de euros).