A secretária de Estado do Turismo (SET), Ana Mendes Godinho afirmou, esta terça-feira, durante o lançamento da discussão pública da Estratégia Turismo 2027 (ET 27), que teve lugar no Convento de Cristo, em Tomar, que “o Turismo é demasiado importante para não ter uma estratégia”. Segundo a governante, é importante haver a consciência de que é necessário “agir de forma rápida e decisiva” para não perdermos lugar face à grande concorrência internacional de outros destinos. Ana Mendes Godinho deu como prazo o final deste ano para a existência de uma estratégia que faça Portugal “aumentar o valor da oferta, desconcentrar a procura geograficamente e atenuar a sazonalidade”.
Mencionando um dos temas mais discutidos no Turismo em Portugal, a responsável pela pasta do setor deixou, uma vez mais, presente que não acredita em “teorias fatalistas de que não há nada a fazer quanto à sazonalidade, quanto à litoralização do País, quanto à burocracia, quanto à descapitalização das empresas, quanto aos salários baixos no Turismo. Há inúmeros exemplos de políticas bem-sucedidas nestas matérias. O que precisamos todos de assumir são os compromissos quanto aos meios para responder aos desafios e trabalhar articuladamente (…) e criar fatores de atratividade que levem os turistas a conhecer regiões que não são as tradicionais, a ficar mais tempo, a vir ao longo de todo o ano e a gastar mais em Portugal. Só assim teremos uma atividade sustentável de norte a sul do país, do litoral ao interior, ao longo do ano e que cria emprego qualificado”.
Para a SET a nova estratégia tem como objetivo dar solução a estes “problemas estruturais” existentes no País e alertou que “é preciso abolir do léxico turístico a palavra potencial”, pois se nos limitarmos ao potencial “é sinal que não tivemos a capacidade de concretizar”. Segundo a profissional, “com vontade e mobilização passamos dos desejos à concretização. Para que o Turismo seja aquilo que ambicionamos, é este o repto que deixo: assumamos a construção desta estratégia como um caminho comum dos consensos necessários para a próxima década e assumamos também a sua concretização de uma forma articulada e em rede”, referiu.
Tendo consciência de que o Governo não poderá fazer tudo por si só, Ana Mendes Godinho deixou o apelo à participação das regiões, das empresas, da sociedade civil e das instituições neste processo de discussão pública para a nova ET 27, que “resulta de um alinhamento com diversas atividades e com as quais é necessário trabalhar em conjunto, colaborar de forma sistemática e natural”, concluiu.
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