Foi assinado no passado dia 07 de junho, em Alcobaça, o contrato de concessão para a instalação de um hotel de cinco estrelas no Mosteiro de Alcobaça, entre a Direção-Geral do Património Cultural e o Grupo Visabeira. Este momento, assumidamente marcante para a história da região Centro e do País, contou com a presença do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, da diretora-geral da DGPC, Paula Silva, do presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, do presidente do Conselho de Administração da Visabeira, Fernando Nunes, bem como, do arquiteto Souto Moura, autor do projeto. Num investimento de cerca de 15 milhões de euros, esta será uma unidade hoteleira instalada no Claustro do Rachadouro, prevendo-se a sua abertura até 2019.
Também em Ílhavo, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, inaugurou em maio, o Complexo da Vista Alegre, um projeto que requalificou todo este espaço, nomeadamente, o palácio, a capela de Nossa Senhora da Penha de França (monumento nacional), o bairro operário, o teatro e o museu. Ali, mesmo ao lado, nasceu, igualmente, o primeiro hotel cinco estrelas de Aveiro, o Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel, completamente integrado e adaptado à filosofia e à riqueza da história de todo o complexo, que assenta num elemento-chave: a Fábrica da Vista Alegre. Nele, aliado a elevados pressupostos de modernidade e de comodidade, é possível destrinçar “pedaços de história”, de património material e imaterial, de “conviver”, com interesse e curiosidade, com peças da Vista Alegre, nos seus mais diversos e distintos momentos de fabricação.
Acima de tudo, sente-se, neste espaço, um enorme respeito pela histórica que sustenta tudo o que nele existe, o resultado de uma enorme consciência social da Família Pinto Basto, que mandou construir um bairro para habitação permanente dos seus operários, não esquecendo todas as infraestruturas que garantissem a sua qualidade de vida e a das suas famílias. E é esta a história que aqui, hoje, se vive e celebra.
Estes são dois exemplos de como o interesse e o investimento turísticos, podem resultar num “ressuscitar” da história, capaz de proporcionar experiências únicas e diferenciadoras. São, de igual modo, excelentes exemplos de como é possível, mediante um conjunto, sério e consciente, de medidas de preservação e de respeito pelo património, instituições públicas e privadas, possam trabalhar em parceria, para – e neste caso em particular – colocar ao dispor da economia, e da atividade do turismo, o património histórico edificado.