No recente inquérito que a Associação da Hotelaria de Portugal lançou aos seus associados sobre o “Balanço 2015 & Perspetivas 2016”, a resposta a quais os melhores segmentos de mercado apontou os “city/short breaks” como aquele que foi o primeiro segmento para a maioria dos inquiridos.
Sem prejuízo de podermos considerar que qualquer resposta é condicionada pelo local da amostra (neste caso hotéis de cidade versus hotéis de sol e mar), a verdade é que os resultados consolidados até outubro de 2015 da hotelaria revelam precisamente que se houve crescimento em todos os segmentos (e destinos), o crescimento mais impressivo ocorre nas nossas 2 principais cidades. O crescimento de Lisboa, como sabemos, já se vinha afirmando há mais tempo e vem sendo progressivo, o Porto tem dado saltos verdadeiramente impressionantes.
Fizemos então uma leitura cruzada de tendências na Europa, para afinar o nosso diapasão: estamos em sintonia com as megatrends? Se sim temos o que é preciso para crescer sustentadamente e afirmarmo-nos como cidades que entrem definitivamente nos roteiros do must visit?
Primeiro, o turismo urbano está on. Em 2014 foi o principal motivo de viagem dos europeus (ultrapassando as viagens de Sol e Mar): em 2014 os europeus realizaram quase 70 milhões de viagens de city breaks (quase 400 milhões de dormidas). Face a 2007, as viagens dos europeus a cidades cresceram 60% (TCMA de + de 7%) in World Travel Monitor, IPK 2015. Segundo, no Top 10 das cidades visitadas pelos europeus as 9 primeiras são europeias (não há surpresas: como sabemos o turismo faz-se maioritariamente intra continentes) e a 10ª Nova Iorque. Terceiro este boom do turismo urbano, aliás a nível mundial, resulta fundamentalmente da combinação de 3 variáveis: voos e alojamento baratos; novas atrações e atividades/novos destinos e a fusão de viagens de negócio/profissionais com o lazer, o bleisure (mix business+ leisure).
Leia o artigo completo na Edição de Janeiro (nº 345) da revista VIAJAR – Disponível online