António Costa quer acelerar construção do Aeroporto do Montijo apesar da pandemia

Começar a construção do tão prometido aeroporto do Montijo, sem quaisquer demoras é uma das prioridades do Governo, quem o garantiu foi o primeiro-ministro António Costa na abertura da V Convenção do Turismo Português, organizada pela CTP – Confederação do Turismo de Portugal,

O governante assegurou que têm vindo a “trabalhar com a ANA Aeroportos e o município da Moita para que nada justifique atrasos na execução daquilo que é o projeto do novo aeroporto na região de Lisboa com capacidade para responder áquilo que voltará a ser a procura no pós-covid”.

O primeiro-ministro frisou ainda que “se este é um investimento que há mais de 50 anos se considera prioritário, não há-de ser uma pandemia que justificará alterar aquilo que já era necessário há dezenas de anos”.

Recursos qualificados

António Costa mostrou-se otimista na recuperação do setor após a pandemia, apesar de não se conseguir prever “quanto tempo vai durar” esta crise mundial e, consequentemente, nacional. Para o dirigente a prioridade agora será “preservar os ativos deste setor”, assim como “recuperar a atividade em pleno, sem deixar perder os seus recursos qualificados, que foram cruciais à qualificação do setor do turismo de Portugal”.

Apoio à retoma

Para fazer face a esta situação, e porque “o sonho de ter uma vacina não será tão cedo”, António Costa afirma que “o Governo está a preparar a flexibilização de medida de apoio à retoma neste setor, que veio substituir o lay off simplificado, permitindo assim a suspensão dos contratos de trabalho e “ajustar a medida àquilo que é a nova realidade da evolução economia e do setor do turismo em particular”.

IVA

Por outro lado, adiantou que o governo irá “incluir no Orçamento de Estado do próximo ano um programa de apoio à procura que permita aos clientes poderem recuperar parte do IVA pago nos serviços de restauração e turismo em novas compras no setor”.

A falta de “confiança” das pessoas de viajar em segurança foi apontada por António Costa como o principal fator para as pessoas não estarem a viajar tanto e “pouco tem tido a ver com a realidade concreta da pandemia em cada destino ou com os corredores abertos”.

No entanto, promete manter o diálogo e a estreita relação com o setor privado para podermos atravessar este período “com maior estabilidade”. “Precisamos de um setor turístico sólido, robusto, capaz de continuar a acolher os turistas que nos procuram como o melhor destino turístico do mundo, mas precisamos também que as finanças públicas recuperem a robustez que tinham em 2019, em que pela primeira vez tivemos um excedente orçamental”, enalteceu.

Segundo António Costa “temos que cuidar do futuro” e as empresas terão que “aproveitar esta ocasião de menor procura para fazer investimentos que, no pós-covid, trarão efeitos benéficos”.

Projetos

“Como sinal de confiança vamos abrir, já em outubro, sete concursos no âmbito do Programa REVIVE Natureza e outros 19 até ao final do ano”, adiantou e, por outro lado, no âmbito do turismo sustentável, “será lançado também em outubro um novo plano de sustentabilidade para o setor, assim como um conjunto de atividades de promoção interna e externa do Turismo de Portugal”.

Algarve

No que respeita à maior região turística do país, o Algarve, o primeiro-ministro anunciou irá duplicar o valor do seu programa operacional, passando de 300 milhões de euros para 600 milhões de euros, no âmbito da renegociação do quadro financeiro plurianual para a região.

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