O turismo é, cada vez mais, uma das atividades indispensáveis à condução das políticas macroeconómicas do nosso país, o que exige a definição de estratégias coerentes e potenciadoras do seu desenvolvimento, de forma a viabilizar as empresas e, por essa via, consolidar a expansão do setor turístico.
O que mais sobressai, é a necessidade de um Plano Integrado de Desenvolvimento Turístico, contendo as linhas estratégicas para o setor com uma definição clara dos objetivos e dos meios financeiros adequados para os atingir, incluindo a identificação das fontes de financiamento, articulando as políticas interdisciplinares dos vários ministérios, visando obter um melhor planeamento dos diversos investimentos, quer eles sejam públicos ou privados.
Uma boa política de incentivos fiscais e financeiros é, certamente, um dos principais mecanismos a considerar, se pretendermos contribuir para a requalificação e reequilíbrio da oferta existente, reduzir a sazonalidade e aumentar o desempenho das nossas empresas. Aquilo que nos mobiliza, hoje, é a necessidade de concertarmos um Plano de Ação para o Desenvolvimento do Turismo.
Neste sentido, os esforços devem concentrar-se em quatro grandes áreas de atuação. Assim, e em primeiro lugar, é necessário continuar a assegurar uma envolvente de qualidade, nomeadamente em matéria de serviços de higiene e limpeza, manutenção de zonas verdes, saneamento básico, saúde, segurança e serviços de apoio, como o fornecimento de água, eletricidade, comunicações, etc.
Ainda nesta área, importa construir alguns equipamentos e infraestruturas de índole regional, como o Hospital Central e um Espaço Multiusos / Centro de Congressos, entre outros. Os apoios financeiros, quer sejam diretos aos empresários ou canalizados para infraestruturas, são sempre um instrumento precioso na orientação de investimentos para a reestruturação e o reequilíbrio do setor turístico no Algarve.
A par destas ações, devem ser pensadas medidas e incentivos que tenham por fim qualificar zonas turísticas descaracterizadas e de elevada concentração urbanística, de forma a desenvolver as suas potencialidades, incluindo a elaboração de um programa de recuperação de edifícios históricos para valorização turística, através da criação, por exemplo, da figura do projeto “requalificador da oferta turística”.
Em segundo lugar, torna-se necessário alocar verbas que permitam a requalificação e o reequilíbrio da nossa oferta, através de apoios financeiros que facilitem a remodelação e modernização de unidades hoteleiras e empreendimentos turísticos e valorização de zonas turísticas saturadas, assim como condições de financiamento que potenciem investimentos em áreas da oferta que se revelem essenciais para o esbatimento da sazonalidade, tendo no horizonte a construção de um produto mais harmonioso e homogéneo e, por conseguinte, de maior qualidade e mais competitivo.
por Elidérico Viegas- Presidente da AHETA
Leia o artigo completo na Edição de agosto (nº 352) da revista VIAJAR – Disponível online
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