Calce as botas e coloque a mochila às costas: há centenas de percursos pedestres no Centro de Portugal à sua espera para o levar numa aventura à descoberta do melhor que a natureza tem para lhe oferecer.
Cada passo num dos percursos pedestres do Centro do país é uma nova oportunidade para descobrir paisagens deslumbrantes, aldeias pitorescas, animais raros e um povo cheio de histórias para contar. De facto, o Centro de Portugal é o seu destino de eleição para praticar o pedestrianismo e percorrer esta região a pé num ambiente rústico e sereno.
DE ALGUMAS HORAS A VÁRIOS DIAS. Os percursos pedestres do Centro variam em termos de duração, dificuldade e paisagem, permitindo aos visitantes explorar a região de forma ativa e sustentável, ao longo de algumas horas.
Por sua vez, as Grandes Rotas do Centro de Portugal são outro conjunto de percursos pedestres, estes de longa distância, para completar ao longo de vários dias, que atravessam paisagens deslumbrantes, por entre montanhas, vales, florestas, pomares, vinhedos e praias. Permitem conhecer o património histórico e cultural da região, visitando aldeias históricas, castelos e monumentos.
Seguem-se umas quantas sugestões de percursos, das centenas possíveis. Merenda preparada? Que comece a aventura!
ROTA DA GARDUNHA. Integrado no Geopark Naturtejo da Meseta Meridional e fazendo parte da Rede Natura 2000, o PR1- Rota da Gardunha decorre por um belíssimo território da Beira Baixa, rico em património natural.
Com início em Louriçal do Campo, a rota percorre a aldeia, passando pela igreja Matriz de S. Bento (século XVI), em direção das abas da serra, atingindo-se o Balouço do Castelo Velho, lugar privilegiado para contemplação de um largo horizonte marcado pelo espelho de água da Barragem de St.ª Águeda.
Na direção de Casal da Serra, entre várias nascentes e captações de água, encontramos as Minas do Barroqueiro. Seguindo o trilho encontramos a magnífica garganta do Ocreza, onde levadas de pedra permitem o acesso a recônditas piscinas naturais de águas cristalinas. Distância: 14,6 Km. Duração: 5h00. Tipologia: circular. Dificuldade: difícil.
CAMINHO DO XISTO DE MARTIM BRANCO. O percurso tem início na entrada da Aldeia do Xisto de Martim Branco, também na Beira Baixa, entra na malha urbana e passa junto à Casa de Artes e Ofícios. Atravessa-se a Ribeira de Almaceda, seguindo ao longo das levadas, onde está um açude e é possível observar-se belas mesclas de olival, medronhal, azinhal e as tradicionais casas em xisto. Distância: 9,6 km. Duração: 3h00. Tipologia: Linear. Dificuldade: Fácil.
ROTA DAS CEREJEIRAS. Com início e fim no Centro Interpretativo da Cereja, perto da Covilhã, explore os cénicos caminhos que percorrem os extensos pomares de cereja e dominam a paisagem rural da Cova da Beira. O percurso é acessível a quase todos, sendo parcialmente coincidente com o Caminho de Santiago. Distância: 8,4 Km. Duração: 1h50. Tipologia: Circular. Dificuldade: Fácil.
ROTA DO PÃO E DA SERRA. Esta rota desenvolve-se ao longo das encostas da serra da Estrela e permite revisitar os vários momentos do fabrico do pão, desde os campos, onde outrora os cereais eram semeados, passando pelos moinhos onde ocorria a moagem, até aos fornos comunitários onde a população cozia o pão. Distância: 7,7 Km. Duração: 2h15. Tipologia: Circular. Dificuldade: Fácil.
CAMINHOS DO BOM SUCESSO. O Monte da Senhora do Bom Sucesso é a sentinela que nos vigia em grande parte do traçado deste percurso. Do alto dos seus 765 m, ponto mais alto do Concelho de Mangualde, avistam-se deslumbrantes paisagens que se estendem por toda a Beira Alta, Beira Baixa, Alto Douro, Trás-os-Montes e até além-fronteira, à espanhola serra de Gata. Distância: 11,10km. Duração: 3h45. Dificuldade: Fácil.
ROTA DA PINHA E DO PINHÃO. No início do percurso, é possível visitar a arca tumular de Fernão Gomes de Góis, na igreja Matriz de Oliveira do Conde, Carregal do Sal, classificado como monumento nacional em 1910. A arqueologia é, de resto, o foco de todas as atenções, com a passagem por diversos monumentos funerários pré-históricos.
No marco geodésico da Víbora, as vistas são de cortar a respiração, e de onde podemos observar as serras da Estrela, do Açor e da Lousã. No final, podemos contemplar uma belíssima casa solarenga do século XVIII. Distância: 7,85 Km. Duração: 2h30m. Tipologia: Circular. Dificuldade: Fácil
TRILHO DA PATEIRA DE FROSSOS. O percurso pedestre, muito fácil e sem desníveis de altitude, inicia-se junto do pelourinho da povoação de Frossos, próximo de Albergaria-a-Velha. Este trilho permite uma visita à Pateira de Frossos, zona de antigos arrozais, que constitui um complexo mosaico agrícola, apresentando uma fauna e flora extremamente diversificada e que se reflete no elevado número de espécies de aves e pequenos mamíferos. Parque Boca do Carreiro, Angeja e Parque do Areal, nas margens do rio Vouga, são alguns dos pontos visitados. Distância: 8,15Km. Duração: 2h00. Tipologia: Circular. Dificuldade: Fácil
LIVRARIA DO MONDEGO. O percurso inicia-se e termina no centro da vila de Penacova, próximo da inspiradora Pérgola Raúl Lino, varanda magnífica sobre o leito do Mondego.
Retome a caminhada com uma visita à Igreja Matriz da Nossa Senhora da Assunção e prossiga por estreitas ruas até à descida da Costa do Sol do Mirante Emídio da Silva. Percorrendo a margem esquerda do rio, rapidamente alcança os Passadiços do Mondego, onde poderá contemplar na sua plenitude o imponente bloco quartzítico: a Livraria do Mondego. Seguindo o trilho sinalizado, atravessa o rio próximo da mini-hídrica, que o levará a subir a um dos mais belos miradouros da região. A caminhada prossegue até alcançar a subida da Costa do Frio, local onde decidirá percorrer o ramal dos Fornos do Casal de Santo Amaro ou terminar a caminhada no centro da vila. Distância: 11,7 km. Duração: 4h00.Tipologia: Circular. Dificuldade: Difícil.
TRILHO DO LAGAR VELHO. O Parque de Merendas do Lagar Velho, na Pombeira, perto de Ferreira do Zêzere, é o ponto de partida deste trilho, que proporciona aos caminhantes a oportunidade de observar não só a riqueza da fauna e da flora, nas suas mais variadas espécies, como também o património histórico do concelho, nomeadamente a Capela de São João Batista e a Capela de Santo António. Com as límpidas águas do rio Zêzere como moldura, este trilho permite contemplar a beleza das aldeias da Pombeira, Zaboeira e Alcamim, num contexto de tranquilidade e contacto com a natureza. Distância: 3,1 Km. Duração: 1h. Dificuldade: Fácil.
ROTA DOS MOINHOS. Este percurso na região da Batalha faz-se, sobretudo, por caminhos revestidos por rochas calcárias e de estradas de terra batida. Ao longo do trilho, seguindo de moinho em moinho, observam-se várias formações geológicas do Maciço Calcário Estremenho. Nos pontos mais altos, a vista sobre o Santuário de Fátima e parte da freguesia de São Mamede é privilegiada.
No regresso ao ponto de partida, percorre-se a aldeia da Pia do Urso, onde está inserido o Ecoparque Sensorial, constituído por várias estações lúdicas que alegram pequenos e graúdos. Distância: 6,08 km. Duração: 1h30 min. Tipologia: Circular. Dificuldade: Média.
MATA NACIONAL DO VIMEIRO. Desde julho de 2020 que se encontra disponível um percurso marcado na Mata Nacional do Vimeiro, o qual permite, de forma segura aos amantes da natureza, a descoberta deste imenso património ambiental. Um percurso pensado para famílias, escolas e grupos organizados.
Situada no concelho de Alcobaça, na freguesia do Vimeiro, a Mata estende-se por 267 hectares e é constituída, na realidade, por quatro matas: a mata da Roda, do Gaio, da Ribeira e do Canto. Distância: 4 Km. Duração: 1h00. Tipologia: Circular. Dificuldade: Muito fácil.
Estes são apenas alguns dos percursos pedestres existentes no Centro de Portugal. Para saber mais, consulte o site www.turismodocentro.pt
